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    Meta deve mostrar 1º tri sombrio em meio à queda na receita com publicidade

    Empresas de tecnologia acreditam que a guerra na Ucrânia resultou na desaceleração de vendas de anúncios

    Por Yuvraj Malik e Eva Mathews, da Reuters

    A Meta, dona do Facebook, deve ter tido no primeiro trimestre o crescimento mais lento de receita publicitária em uma década, à medida que as empresas cortam gastos com anúncios num cenário de inflação crescente e de guerra na Ucrânia.

    Os orçamentos de publicidade e marketing serão globalmente pressionados ainda mais se a crise na Ucrânia se prolongar nos próximos meses. Assim, alguns analistas projetam que a Meta também divulgará uma estimativa morna para o trimestre atual nesta quarta-feira (27).

    A receita de anúncios da Meta deve ter subido 8,7% no primeiro trimestre, segundo projeções de analistas compiladas pela Refinitiv, o menor ritmo desde 2012.

    Analistas em Wall Street também disseram que o Facebook pode estar perdendo terreno no mercado global de anúncios, mesmo que a publicidade digital supere os métodos tradicionais.

    “As projeções da Meta para uma desaceleração também podem ser lidas como uma redução na potência da marca Facebook”, disse Sophie Lund-Yates, analista da Hargreaves Lansdown.

    A Meta perdeu quase metade do valor de mercado desde 2 de fevereiro, quando anunciou um declínio nos usuários ativos diários do Facebook pela primeira vez e estimou um trimestre sombrio para o início deste ano.

    A Alphabet, dona do Google, deu na véspera uma pista do que pode vir, citando a guerra na Ucrânia como motivo para desaceleração de vendas de anúncios no YouTube. A Snap alertou que inflação, a escassez de mão de obra e outros desafios econômicos podem pressionar a receita publicitária.

    O momento não poderia ter sido pior para as empresas de tecnologia que dependem das receitas de anúncios, pois o segmento também enfrenta mudanças nas políticas da App Store, loja de aplicativos da Apple, e a crescente concorrência de outras empresas, como o TikTok.

    “O custo para adquirir clientes em canais digitais como o Facebook aumentou, enquanto a capacidade de atingir os clientes diminuiu”, disse Mitchell Olsen, professor assistente de marketing da Universidade de Notre Dame.

    Como resultado, muitos gerentes de marca estão reduzindo sua exposição ao Facebook e realocando orçamento em anúncios para várias plataformas, acrescentou Olsen.

    A Meta deve registrar lucro por ação de US$ 2,56, segundo estimativas.

    De 63 analistas, a empresa tem 45 recomendações equivalentes a “compra”, 16 de “manutenção” e duas equivalentes a “venda”. A mediana dos preços-alvo da ação é de US$ 325.

    A ação da Meta caía 4,9% às 15h10 (horário de Brasília).