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    Mesmo com desaceleração econômica, aéreas esperam faturar US$ 10 bi em 2023, mostra IATA

    IATA mais do que dobrou na segunda-feira (5) sua previsão de lucro para 2023 para o setor aéreo global, apesar da iminente crise econômica

    Hanna Ziadyda CNN , em Londres

    As companhias aéreas globais devem lucrar quase US$ 10 bilhões este ano, à medida que os negócios se recuperam da pandemia, de acordo com uma nova previsão da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

    A IATA mais do que dobrou na segunda-feira (5) sua previsão de lucro para 2023 para o setor aéreo global, apesar da iminente crise econômica.

    Espera-se que as companhias aéreas obtenham US$ 9,8 bilhões em lucro líquido em 2023, acima da previsão de dezembro de US$ 4,7 bilhões.

    A lucratividade mais forte foi apoiada pelas receitas de carga, reabertura da China e preços mais baixos de combustível de aviação, disse o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, em comunicado.

    O principal grupo de lobby do setor espera que 4,35 bilhões de pessoas viajem de avião este ano, não muito longe dos 4,54 bilhões de passageiros que voaram em 2019.

    Os números marcam uma reviravolta significativa para o setor aéreo, que transportou apenas 1,8 bilhão de passageiros em 2020 por causa da pandemia de coronavírus, com uma perda de US$ 76 por passageiro.

    Ao todo, a indústria da aviação sofreu perdas líquidas de US$ 183 bilhões entre 2020 e 2022, quando os bloqueios atingiram as viagens.

    A partir desse ponto mais baixo, as viagens aéreas se recuperaram, mesmo com a alta da inflação e o aumento das taxas de juros pesando sobre os gastos de empresas e consumidores em outras áreas.

    “Apesar das incertezas econômicas, as pessoas estão voando para se reconectar, explorar e fazer negócios”, disse Walsh durante um discurso na reunião anual da IATA em Istambul.

    “Os aeroportos estão mais movimentados, a ocupação hoteleira está aumentando, as economias locais estão se recuperando e o setor aéreo passou a ser lucrativo.”

    Apesar das perspectivas mais otimistas, as margens de lucro permanecem “muito finas”, acrescentou Walsh. “Reparar balanços danificados e fornecer aos investidores retornos sustentáveis ​​sobre seu capital continuará sendo um desafio para muitas companhias aéreas”, acrescentou.

    Walsh apontou que as companhias aéreas teriam lucro de US$ 9,8 bilhões com receita de US$ 803 bilhões – em outras palavras, obtendo apenas US$ 2,25 por passageiro.

    Ainda assim, isso é motivo de comemoração, após anos de perdas “de dar água na boca”, disse ele.

    “O fato de que a indústria pode sobreviver demonstra a resiliência e determinação e as ações que foram tomadas”, disse Walsh, acrescentando “estamos reconhecendo totalmente os desafios, mas ainda estamos confiantes sobre o futuro”.

    — Gayle Harrington contribuiu com a reportagem.

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