Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Mercados repercutem surpresa positiva com serviços e seguem com EUA no radar

    Inflação de 7% dos EUA segue no foco do mercado nesta quinta-feira; divulgação dos dados de serviços em novembro movimentam mercado brasileiro

    Priscila YazbekGabriel Fernedada CNN

    Em São Paulo

    Os mercados seguem de olho nas repercussões do resultado da inflação nos Estados Unidos e com os dados do setor de serviços de novembro no Brasil.

    Começando pelo exterior, futuros americanos operam perto da estabilidade, depois do resultado dos dados de inflação de quarta-feira (12). Apesar de ser a maior inflação em quatro décadas, o mercado temia que o dado viesse bem pior. Como o resultado foi em linha com o esperado, trouxe algum alívio, e as bolsas subiram.

    Hoje, o dia é de mais cautela. A inflação alta pressiona a curva de juros e investidores aguardam dados de inflação ao produtor, seguro-desemprego e falas de membros do Federal Reserva (Fed).

    Investidores também monitoram a variante Ômicron do coronavírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que foram registrados 15 milhões de casos em uma semana, e que a variante ainda está hospitalizando muitas pessoas, apesar de ser menos grave.

    Na Ásia, as bolsas caíram, com avanço da Covid-19 e a abertura de taxa de juros. Na Europa, bolsas seguem os Estados Unidos e ficam perto da estabilidade.

    O mercado acompanha o clima de pressão para a renúncia do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que inclui membros do seu partido, depois que ele admitiu ter participado de uma festa durante o lockdown.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, a inflação americana dentro do esperado reduziu aversão ao risco, ajudou emergentes, e a bolsa brasileira subiu na véspera.

    Nesta quinta-feira, o dia aponta para um tom mais pessimista, com a escalada na pressão de servidores por reajuste salarial. Parlamentares da bancada da bala pressionam o presidente Jair Bolsonaro (PL) para garantir o reajuste à polícia federal, dizendo que seria pior para o presidente voltar atrás.

    A equipe econômica quer barrar qualquer aumento e o presidente, que busca acenar aos servidores em ano de eleição, tem até o dia 21 de janeiro, próxima sexta, para sancionar ou vetar a verba no orçamento.

    Outro ponto de atenção para o mercado está no decreto assinado pelo presidente da República, que dá poder à Casa Civil na execução do orçamento. Analistas avaliam que a medida enfraquece o ministro da Economia, Paulo Guedes, e dá mais poder ao centrão em ano eleitoral, o que traz mais pressão aos gastos públicos.

    Por fim, acabaram de sair os dados de serviços do IBGE. O setor cresceu 2,4% em novembro, muito acima da expectativa do mercado, que projetava avanço de 0,2%. Com isso, o setor recuperou a perda acumulada de 2,2% em setembro e outubro. Agora, o setor está 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

    O Ibovespa Futuro cai nesta manhã 0,51%, a 106.115 pontos, com o dólar subindo 0,14%, a R$ 5,54. O S&P 500 Futuro fica perto da estabilidade, subindo 0,04%, com 4.728 pontos.

    Agenda do dia

    No Brasil, acabou de ser divulgado pelo IBGE o desempenho dos serviços para o mês de novembro. Nos Estados Unidos tem inflação ao produtor, pedidos de seguro-desemprego e discursos de membros do Federal Reserve (Fed).