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    Mercados operam com cautela nesta quarta-feira à espera de ata do BC americano

    Documento do Comitê de Política Monetária dos EUA deve trazer detalhes sobre retirada de estímulos e alta de juros

    Priscila Yazbekda CNN Em São Paulo

    Os mercados começaram a quarta-feira (5) cautelosos, à espera da ata sobre decisão de política monetária nos Estados Unidos.

    O Comitê de Política Monetária dos EUA (Fomc), que toma as decisões de juros nos EUA divulga nesta quarta-feira documento deve trazer mais detalhes sobre o ritmo de retirada de estímulos e a alta de juros.

    Ontem, os juros futuros subiram, indicando que o mercado espera uma postura mais dura. Além de precificar uma antecipação da alta de juros, com a possibilidade de elevação já para o mês de março, a parte longa da curva também subiu. Nesta quarta, o rendimento dos títulos de dez anos chegou a 1,688% na máxima.

    Na Europa, os PMIs de serviços, que mostram atividade do setor, vieram abaixo do esperado, mas a indicação de expansão trouxe otimismo, e os índices sobem. A percepção de que a variante Ômicron da Covid-19 é menos grave e a sinalização de que a pandemia pode estar se tornando endêmica também ajuda na alta.

    Também ontme, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aprovou o aumento da produção de fevereiro em 400 mil barris por dia. Havia uma preocupação de que a produção aumentasse ainda mais e gerasse um excesso de oferta. Como o ritmo foi mantido, o barril do tipo Brent subiu e bateu os US$ 80.

    Na Ásia, bolsas fecharam em queda com notícias sobre aperto regulatório na China, e com aumento dos juros nos Estados Unidos afetando países emergentes. 

    Ainda no cenário internacional, a casa de análise OhmResearch, destaca a queda de 4% das ações da Tesla e a alta de 12% nas da Ford. O CEO, Roberto Atuch Junior, disse que os desempenhos mostram que a rotação de ações de crescimento para valor está começando para valer.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, a alta de juros impacta o mercado nacional. Como o mercado americano é o mais seguro do mundo, seus títulos já atraem recursos globais naturalmente, mas ficam ainda mais atrativos com perspectiva de rendimentos maiores.

    Esse fluxo já não ajuda a bolsa brasileira, e as incertezas no cenário econômico pioram o cenário.

    O ano começou com sinalizações de mais gastos e medidas populistas, com a proximidade das eleições.

    Várias notícias pesam nesse sentido: o líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), criticou o teto de gastos e defendeu o afrouxamento das regras fiscais. O governo aprovou extensão da desoneração, a isenção do IPI, e sofre pressão de servidores federais por reajuste nos salários.

    Por fim, o presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta do hospital, onde havia sido internado com quadro de obstrução intestinal. 

    O Ibovespa Futuro tinha leve alta de 0,10% pela manhã, a 104.438 pontos, e o dólar cai 0,38%, a R$ 5,66. O S&P 500 Futuro tinha leve queda de 0,03%, a 4.792 pontos.

    Agenda do dia

    Aqui no Brasil, sai o resultado do PMIs composto e de serviços da IHS Markit, às 10h, e do fluxo cambial, às 14h30. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faz a primeira audiência pública sobre a capitalização da Eletrobras, para receber sugestões sobre o processo de desestatização.

    No exterior, a Markit também divulga PMIs, com destaque para a zona do euro, que já foi divulgado e ficou em 53,3. À noite saem PMIs na China.