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    Ibovespa supera os 126 mil pontos e sobe 6% em maio; dólar tem queda no mês

    O principal índice acionário do Brasil fechou na máxima do pregão, renovando recorde histórico de fechamento

    Foto: CNN

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar fechou o último pregão de maio em leve alta de 0,2%, para R$ 5,2254 nesta segunda-feira (31).

    No mês, porém, o dólar apresentou queda de 3,79% ante o real. No início de maio, a moeda era negociada no patamar de R$ 5,43. É a maior baixa percentual desde novembro passado (-6,82%) e vem depois de queda de 3,53% em abril. Para meses de maio, a desvalorização é a mais intensa desde 2009. Em maio daquele ano, o dólar caiu 10,26%.

    Na B3, o Ibovespa subiu e renovou o recorde de fechamento. O índice fechou na máxima do dia, aos 126.215 pontos, com alta de 0,52%. É o terceiro ganho mensal seguido do Ibovespa. 

    Com o resultado de hoje, o Ibovespa fechou maio com alta de 6,15% em relação ao patamar de fechamento de abril. 

    A renovação do recorde acontece com a ajuda da Vale (VALE3). As ações da mineradora subiram 2,86% com a alta do minério de ferro. 

    As ações da Cosan (CSAN3) subiram 6,61% e lideraram as altas depois da informação que a Gestora Atmos irá investir R$ 810 milhões na Compass Gás e Energia, empresa controlada pela Cosan. 

    Com o mercado norte-americano paralisado por feriado, o pregão teve liquidez menor, fazendo com que investidores focassem no cenário interno. A crise hídrica foi um ponto de atenção.

    No Boletim Focus, a expectativa do mercado para a inflação de 2021, superou o teto da meta, alcançando 5,31%. Essa foi a oitava alta consecutiva na previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

    As previsões para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano também subiram. Em uma quinta alta consecutiva, a previsão saltou de crescimento de 3,52% para 3,96%.

    Lá fora

    As ações europeias caíram ante máximas recordes nesta segunda-feira, em negociações tímidas devido a feriados em mercados importantes, mas o otimismo com a rápida recuperação econômica ajudou o índice STOXX 600 a marcar seu quarto mês consecutivo de ganhos.

    O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,53%, a 1.719 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,49%, a 447 pontos.

    Os mercados do Reino Unido e dos Estados Unidos permaneceram fechados nesta segunda-feira devido a feriados, mantendo os volumes de negociação baixos.

    Entre as principais perdas deste pregão ficou o Deutsche Bank, que recuou 1,3% após o Wall Street Journal informar que o Federal Reserve disse ao credor alemão que as falhas persistentes em seus controles de combate à lavagem de dinheiro não estavam sendo resolvidas.

    Apesar das preocupações persistentes com o aumento da inflação, o STOXX 600 apresentou salto de 2,1% em maio, com as economias gradualmente reabrindo após lockdowns e vários bancos centrais reiterando o apoio à recuperação.

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta após a divulgação de indicadores chineses mistos de atividade econômica.

    Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,41%, a 3.615,48 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,10%, a 2.419,76 pontos, graças ao bom desempenho de ações do setor de energia renovável.

    Dados oficiais mostraram que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial chinês recuou para 51 em maio, contrariando expectativa de que permanecesse no patamar de 51,1 de abril. Por outro lado, o PMI de serviços da China avançou de 54,9 para 55,2 no mesmo período. As leituras acima de 50 sugerem expansão de atividade.

    Em outras partes da Ásia, o Hang Seng teve leve valorização de 0,09% em Hong Kong, a 29.151,80 pontos, o sul-coreano Kospi avançou 0,48% em Seul, a 3.203,92 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,17% em Taiwan, a 17.068,43 pontos.

    Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,99% em Tóquio, a 28.860,08 pontos, pressionado por ações financeiras e dos setores de máquinas e imobiliário. A tendência de infecção por Covid-19 no Japão está sendo acompanhada de perto, após o governo decidir estender medidas emergenciais em várias regiões até 20 de junho.

    Também ficou no vermelho a bolsa australiana, a principal da Oceania, após encerrar o pregão anterior em nível recorde. Há preocupações de que Victoria, segundo estado mais populoso do país, precise prorrogar o lockdown local. O S&P/ASX 200 recuou 0,25% em Sydney hoje, a 7.161,60 pontos. 

     

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo