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    Ibovespa fecha em queda de 0,72% com movimento de correção e à espera da CMN; dólar sobe a R$ 4,85

    Ações da Vale pressionam índice para baixo; investidores compram mais dólares para proteção de suas carteiras

    Da CNN*

    O Ibovespa estendeu pelo terceiro dia seguido o clima negativo e voltou a fechar em queda nesta quarta-feira (28), com o movimento de correção dos investidores com a proximidade do fim do semestre.

    No cenário doméstico, investidores seguem à espera da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), nesta quinta-feira (29), que pode apontar novos métodos para a definição da meta de juros perseguida pelo Banco Central (BC).

    O colegiado é composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, além do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

    O clima do mercado doméstico reflete em parte o mau humor das bolsas em Wall Street, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Jerome Powell, voltar a indicar novas altas dos juros ainda neste ano.

    Diante dessas pressões, o principal indicar da bolsa brasileira encerrou a sessão com perda de 0,72%, aos 116.681 pontos. Na véspera, o pregão fechou com queda de 0,61%, aos 117.522 pontos.

    O clima de aversão ao risco deu novo fôlego ao dólar ante o real. A moeda norte-americana fechou a sessão com valorização de 1,09%, negociada a R$ 4,850 na venda.

    Nesta terça, o câmbio teve alta de 0,68%, a R$ 4,798.

    A alta do dia foi puxada por empresas voltadas à economia doméstica. Na liderança, Yduqs (YDUQ4) ganhou 4,63%, enquanto Embraer (EMBR3) ganhou 4,30%, e Gol (GOLL4) valorizou 2,59%.

    Revertendo o movimento de valorização da véspera, os frigoríficos caíram em bloco nesta sessão. Os papéis da JBS (JBSS3) perderam 4,27%. Na sequência, Marfrig (MRFG3) caiu 3,2%, enquanto BRF (BRFS3) registrou perda de 4,22%.

    O pregão teve influência negativa das ações da Vale (VALE3) – o papel com maior peso no Ibovespa, que perdeu 3,16%.

    O movimente reflete o temor com a desaceleração da economia da China, apesar de o minério de ferro ter fechado com alta de

    – ignorando a valorização do minério de ferro no porto de Dalian. A tonelada da commodity fechou a sessão com alta de 2,47%.

    Na outra ponta, os papéis da Petrobras evitaram queda maior do pregão ao seguirem a valorização do petróleo no mercado global. O barril do tipo Brent teve alta de 2,45%, a US$ 740,3.

    As ações preferenciais da petroleira (PETR4) ganharam 0,95%, enquanto as ordinárias (PETR3) valorizaram 0,73%.

    Todos os olhos no Fed

    O presidente do Fed voltou a pressionar o humor dos investidores ao voltar a sinalizar alta dos juros ainda neste ano.

    A percepção de maior juros na maior economia do mundo prejudica as bolsas ao dar força aos papéis da renda fixa, opção de investimento menos arriscada que o mercado acionário.

    Em fala durante um evento do Banco Central Europeu (BCE), Powell ressaltou que mais restrições estão à caminho, e não descartou que a maior economia do mundo enfrente uma recessão.

    “O cenário menos improvável é que encontremos nosso caminho para um melhor equilíbrio sem uma crise realmente severa”, disse Powell.

    O tom pesou sobre os principais mercados globais.

    Em Wall Street, Dow Jones perdeu 0,24%, enquanto o S&P 500 teve queda de 0,07%. Na contramão, Nasdaq teve alta de 0,13%.

    *Com informações da Reuters.

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