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    Investidores evitam o Brasil e dólar sobe; Bolsa engata 3ª queda consecutiva

    A moeda norte-americana variou entre queda de 1,49% pela manhã, para R$ 5,2318, e ganho de 1,71%, a R$ 5,4015, à tarde.

    Foto: Reuters/Ricardo Moraes

    Manuela Tecchio, e Leonardo Guimarães,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O Ibovespa até começou o pregão desta quinta-feira (21) em alta, mas virou para queda e caiu 1,1%, para 118.328 pontos. 

    No mercado de câmbio, o alívio durou pouco e, no dia seguinte à decisão de juros, o dólar fechou em firme alta, com o real indo do melhor desempenho global para o pior diante de uma nova onda de aversão a risco no Brasil, causada por renovadas preocupações fiscais.

    O dólar à vista subiu 1,00%, a R$ 5,364 na venda. A moeda variou entre queda de 1,49% pela manhã, para R$ 5,2318, e ganho de 1,71%, a R$ 5,4015, à tarde. O índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de moedas importantes, caía 0,39%. 

    O mau humor acontece conforme o desconforto com ruídos fiscais e políticos no país continua. O avanço da Covid-19 também interfere no humor dos investidores. 

    Itaú (ITUB4) caiu 1,35%, assim como Bradesco (BBDC4), em baixa de 1,4%, minando a tentativa de reação do Ibovespa. 

    CSN (CSNA3) avançou 0,9%, mas se afastando muito das máximas. A companhia busca avaliar sua unidade de mineração entre R$ 47,5 bilhões e R$ 63 bilhões  em oferta inicial de ações (IPO) que será lançado até o fim de semana, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

    Vale (VALE3) subiu 1,13%, em sessão de recuperação dos futuros do minério de ferro na China, além do anúncio de que assinou acordo com a Mitsui para aquisição da totalidade da participação da empresa japonesa (15%) na mina de carvão de Moatize, em Moçambique. 

    A Embraer (EMBR3) perdeu 3%, mais uma vez na ponta negativa do Ibovespa, em meio a receios sobre os reais efeitos das vacinas contra a Covid-19 nos pedidos para a fabricante de aviões, além do ambiente de competição no setor e estrutura de custos pesadas.

    Lá fora, reinou a tendência otimista com apostas de investidores em um grande pacote de estímulos do novo presidente dos EUA, Joe Biden, e sua equipe. 

    Após a posse, republicanos do Congresso norte-americano indicaram que estão dispostos a trabalhar com Biden em sua maior prioridade, o plano de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão. Alguns se opõem ao valor, mas a quantia final deverá equivaler a pelo menos 5% do PIB dos EUA.

    O foco dos investidores também recaiu sobre a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deve manter sua taxa de depósito em -0,5% depois de ampliar seu programa emergencial de compra de títulos em € 500 bilhões em dezembro.

    Já o mercado nacional deve reagir à decisão do Banco Central (BC) de retirar o “forward guidance”, com o qual mantinha o compromisso de não elevar os juros, desde que algumas condições estivessem satisfeitas.

    O BC manteve na véspera a taxa Selic na mínima histórica de 2% ao ano mas destacou que “o forward guidance deixa de existir e a condução da política monetária seguirá, doravante, a análise usual do balanço de riscos para a inflação prospectiva”, reiterando que a suspensão da orientação não implica “mecanicamente” uma elevação da taxa de juros.

    Bolsas internacionais

    Os índices S&P 500 e Nasdaq encerraram em máximas recordes nesta quinta-feira, impulsionados pelo otimismo com a perspectiva de mais alívio à pandemia no governo Biden para apoiar a economia depois que dados mostraram uma recuperação morna do mercado de trabalho.

    O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de seguro-desemprego caiu para 900 mil na semana passada, patamar ainda resistentemente alto, enquanto a pandemia da Covid-19 propaga-se pelo país, aumentando o risco de que a economia registre perda de empregos pelo segundo mês consecutivo em janeiro.

    O Dow Jones oscilou negativamente em 0,04%, aos 31.176 pontos, o S&P 500 ganhou 0,03%, aos 3.853 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,55%, aos 13.530 pontos.

    s ações europeias perderam força no fechamento do pregão desta quinta-feira, sob o peso das ações do petróleo e do setor imobiliário, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua política monetária, mas alertou que um aumento nas infecções pela Covid-19 representavam um risco para a recuperação da zona do euro.

    O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou estável, depois de chegar a subir até 0,8% no início da sessão. As principais empresas de energia, como a BP, Royal Dutch Shell e Total, recuaram mais de 2% conforme os preços do petróleo caíram depois que dados da indústria mostraram um aumento surpreendente nos estoques dos Estados Unidos.

    As bolsas asiáticas registram ganhos nesta quinta-feira (21), após Biden reforçar a expectativa por estímulos fiscais nos EUA. Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 1,07%, em 3.621,26 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 1,53%, a 2.563,32 pontos.

    A bolsa de Tóquio foi destaque e bateu a máxima de fechamento em 30 anos. Por lá, o índice Nikkei registrou alta de 0,82%, a 28.756,86 pontos, no nível mais elevado desde agosto de 1990. 

    (Com Reuters)