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    Dólar sobe e volta para os R$ 5,50 pela 1ª vez desde novembro; bolsa cai 1,5%

    Mercados globais tiveram dia tenso com as preocupações em torno de nova cepa do coronavírus, que pode atrasar a recuperação econômica global

    Manuela Tecchio, do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    A cautela diante do aumento de casos de coronavírus no mundo retornou aos mercados nesta segunda-feira (11), levando a quedas nas bolsas de valores e à busca por ativos seguros entre os investidores globais.

    Como resultado, o dólar comercial fechou em alta de 1,61% em relação ao real, cotado a R$ R$ 5,504 na venda. É a primeira vez que a moeda retorna à faixa acima dos R$ 5,50 desde 5 de novembro, quando fechou valendo R$ 5,54.

    Apesar de outras moedas emergentes também terem perdido terreno nesta sessão, o real, mais uma vez, liderou as perdas, mesmo com uma nova intervenção do Banco Central (BC). O BC vendeu US$ 500 milhões por volta de 13h40 para aumentar a oferta de dólares no mercado. As altas diminuíram num primeiro momento, mas depois voltaram a ganhar força.

    O Ibovespa, principal índica da bolsa de valores brasileira, fechou em queda de 1,46%, a 123.255,13 pontos, depois de ter batido mais uma vez seu recorde histórico na última sexta-feira (8)

    A retração desta segunda-feira acompanhou a tendência das principais bolsas globais, que também fecharam no vermelho nos Estados Unidos, Europa e Ásia. 

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    Investidores acenderam o alerta em relação ao avanço de uma nova variante do coronavírus, descoberta na Europa e na África, o que pode provocar nova onda de lockdowns e prejudicar a recuperação econômica global.

    Nesta segunda-feira (11), o ministro da Economia, Paulo Guedes, retornou de férias e participou de reuniões com secretários e outros líderes. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também voltou às atividades, após um recesso.

    Internamente, ainda repercutem as notícias sobre a vacinação contra o coronavírus. O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan acertaram que a totalidade das vacinas produzidas pelo instituto paulista serão adquiridas pelo Governo Federal e incorporadas ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

    Já a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou oficio ao Instituto Butantan pedindo a apresentação de informações complementares, após concluir triagem inicial de documentação apresentada na véspera para autorização de uso emergencial da vacina CoronaVac.

    Bolsas internacionais

    Os principais índices de Wall Street fecharam em queda nesta segunda-feira, com investidores realizando lucros após os patamares de máxima recorde da semana passada.

    O Dow Jones caiu 0,29%, para 31.008,69 pontos, o S&P 500 perdeu 0,66%, para 3.799,61 pontos, e o Nasdaq recuou 1,25%, para 13.036,43 pontos.

    Na zona do euro, os principais índices fecharam em queda, após forte rali na semana passada que levou o mercado local ao maior nível em mais de dez meses. O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 0,7%. Em Londres, o Índice Financial Times recuou 1,09%, a 6.798,48 pontos.

    Também as bolsas da Ásia fecharam em queda nesta segunda-feira (11). Várias regiões da China já retomaram lockdowns para conter o novo avanço da Covid-19. 

    Na China continental, o índice composto de Xangai caiu 1,08%, a 3.531,50 pontos, e o de Shenzhen recuou 1,31%, a 15.115,38 pontos. Por outro lado, o índice Hang Seng, de Hong Kong, conseguiu vencer o pessimismo e encerrou o dia em alta de 0,11%, aos 27.908,22 pontos.

    A bolsa de Tóquio não funcionou nesta segunda-feira devido a um feriado no Japão.

    (Com Reuters)