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    Depois de bater 100 mil pontos, Ibovespa recua e cai 0,6%; dólar cai 0,07%

    A bolsa de valores abriu a sessão em alta e o dólar em queda, mas as tendências se inverteram no fim da manhã

    Foto: Markus Winkler/Unplash

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    Depois de abrir em alta e chegar a tocar os 100 mil pontos pela primeira vez desde o auge da crise de coronavírus em março, o Ibovespa retrocedeu e fechou em queda nesta quinta-feira (9). O principal índice de bolsa de valores brasileira caiu 0,61%, a 99.160,33 pontos.

    O dólar teve também um dia volátil, se alternando entre altas e quedas. No fechamento, a moeda ficou próxima da estabilidade, com retração de 0,07% e cotação de R$ 5,345 na venda. Mais cedo, a queda chegou a ser de 1,7% e a cotação encostou nos R$ 5,25.

    A bolsa de valores paulista vem testando novas barreiras a serem cruzadas, depois de passar junho quase inteiro “preso” entre os 94 mil e os 97 mil pontos. 

    A inversão da tendência acompanhou a piora nos mercados externos em meio a renovados temores sobre potenciais novos bloqueios por causa do Covid-19, com riscos de prejuízos a ainda inicial recuperação econômica. Na quarta-feira, os Estados Unidos registraram mais de 60 mil novas infecções por Covid-19, novo recorde global diário.

    Em Wall Street, o índice Dow Jones recuou 1,38%, para 25.706,64 pontos, o S&P 500 caiu 0,56%, para 3.152,2 pontos. Já o índice de tecnologia Nasdaq fechou em alta de 0,53%, para 10.547,75 pontos. Pesaram os números da Covid-19 e também de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.

    Os mais recentes números do Departamento do Trabalho mostraram que 1,31 milhão de norte-americanos entraram com pedido para o auxílio do governo na última semana, uma leve redução ante 1,43 milhão na semana anterior, mas o entendimento é de que o mercado de trabalho local continua enfraquecido.  

    Na zona do euro, as ações acompanharam Wall Street e fecharam em baixa. Os principais índices em Londres, Paris, Milão e Madri caíram entre 1,2% e 2%. 

    O Ibovespa furou os 98 mil na última segunda-feira (6) pela primeira vez desde as quedas monumentais de março, e vem ensaiando a reaproximação dos 100 mil ao longo de toda a semana, mas ainda sem sucesso, se considerada a pontuação de fechamento.

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    Para alguns profissionais da área de renda variável, após a forte recuperação recente nos mercados acionários se faz necessário um novo catalisador, ou o espaço de alta tende a ser reduzido no curto prazo.

    No caso do Ibovespa, o estrategista-chefe da XP Investimentos, Fernando Ferreira, avalia que, em relação à renda fixa, ainda há um potencial bastante interessante de valorização, mas que o potencial de alto’ agora é menor do que para quem fez as compras pouco depois de março. “Do movimento total de recuperação, desde os 60 mil pontos, sem dúvida, boa parte já aconteceu”, afirmou.

    Após encostar nos 120 mil pontos em janeiro, o índice afundou em março por causa da Covid-19, chegando a 61.690,53 pontos no pior momento. Desde então, já subiu mais de 60%.

    Em entrevista à agência de notícia Reuters, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a autarquia vê com preocupação o fato de a volatilidade do real estar sempre acima das demais moedas, mas que ainda estuda as causas por trás desse fenômeno.

    *Com Reuters

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