Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ibovespa fecha em queda com Teto de Gastos de volta ao radar; dólar cai

    Internamente, investidores seguem de olho na cena política: STF barrou reeleição de Maia e Alcolumbre a pedido de aliados de Bolsonaro

    Manuela Tecchio e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    Tudo ia bem no primeiro dia de negociações desta semana, até que uma notícia divulgada pelo Estadão de que o Congresso quer abrir caminho para despesas fora do teto de gastos assustou – e muito – os investidores. 

    As despesas não seriam limitadas pelo teto de gastos se bancadas com receitas vindas da desvinculação de fundos públicos. O Ministério da Economia disse ser contra qualquer proposta que flexibilize a regra, que limita o avanço das despesas à inflação. 

    Com isso, o Ibovespa fechou em queda de 0,14%, para 113.589,77 pontos depois de operar praticamente todo o pregão acima dos 114 mil pontos. 

    “A notícia assustou bastante o mercado. Não sabemos se o governo realmente tem essa proposta ou se vai recuar. Como isso aconteceu no final do pregão, o mercado ainda tem muitas dúvidas”, afirma Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos.

    No radar dos investidores também estiveram novas tensões entre os Estados Unidos e China e temores crescentes em torno das negociações de um acordo comercial pós-Brexit preocupando investidores. 

    Com isso, o dólar fechou estável contra o real nesta segunda-feira, com uma onda de compras perto do fim da sessão tirando a moeda da rota das mínimas em quase seis meses, com o mercado adotando postura mais defensiva após notícias indicando flexibilização do teto de gastos em 2021.

    O dólar à vista fechou praticamente estável, a R$ 5,1249 – queda de 0,05%. A cotação estava em R$ 5,08 por volta de 16h45, queda de 0,88%, e em apenas 15 minutos zerou as perdas.

    Ao longo do dia, a moeda oscilou entre R$ 5,1709 no começo do pregão (alta de 0,89%) e queda de R$ 5,0575 (-1,32%) no início da tarde.

    Leia também:
    Com juros em 2%, fundos de renda fixa têm saques de mais de R$ 25 bilhões no ano
    Dólar a R$ 4,25 em 2021? É o que prevê o BNP Paribas

    Entre os destaques de alta, estão as ações da Gol (GOLL4) que avançaram 3,25%, por causa dos números e pela proposta de incorporação da Smiles, apresentados pela companhia nesta segunda-feira (7). O IRB (IRBR3) subiu 6,82%.

    Na outra ponta, os papéis da Petrobras pressionaram o índice para baixo. As ações preferenciais (PETR4) caíram 2,29% enquanto as ordinárias (PETR3) tiveram queda de 2,49%.

    No domingo (6), o Supremo Tribunal Federal (STF) barrou a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). 

    A ação foi movida pelo PTB, aliado ao presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de barrar uma eventual reeleição dos dois líderes na disputa marcada para o início de fevereiro de 2021. A legenda argumenta que a Constituição é taxativa ao proibir, em seu artigo 57, “a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.

    Bolsas internacionais

    O índice Nasdaq fechou em máxima recorde nesta segunda-feira, depois que investidores compraram ações de crescimento de mega-caps, mesmo com uma nova rodada de restrições à Covid-19 ressaltando o contínuo impacto econômico da pandemia nos Estados Unidos.

    O Nasdaq, índice com forte peso de papéis tecnológicos, fechou em uma máxima recorde, com vários de seus maiores integrantes, incluindo Apple e Facebook Inc, em alta. Ainda assim, um declínio em nomes como Alphabet e Microsoft conteve os índices.

    O índice Dow Jones teve queda de 0,49%, aos 30.069,79 pontos, o S&P 500 perdeu 0,19%, aos 3.691,16 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 0,45%, aos 12.519,95 pontos.

    Uma libra pressionada pelos crescentes temores de um Brexit sem acordo comercial impulsionou o índice de Londres nesta segunda-feira, enquanto outros importantes índices europeus fecharam em queda, já que a tensão crescente entre os Estados Unidos e a China minou o apetite por ativos de risco.

    O índice de mid-caps de Londres perdeu mais de 1%, enquanto o índice de blue-chips fechou com ganho de 0,08%, após ganhar até 0,8% na sessão.

    O FTSE 100 superou seus pares regionais graças a uma libra enfraquecida à medida que os negociadores do Brexit lutavam para resolver diferenças sobre direitos de pesca, competição justa e maneiras de resolver disputas futuras.

    O Reino Unido disse que não prorrogará o prazo de 31 de dezembro para deixar o bloco e que está preparado para uma saída sem acordo comercial. Todos os olhos estavam voltados para o resultado de uma ligação entre o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

    O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,22%, a 1.519 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,3%, a 393 pontos, depois de acumular ganho de cerca de 14% nas últimas cinco semanas.

    Da mesma forma na China, o CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,86%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,81%.

    Já na zona do euro, o único índice a avançar foi o britânico. Em Londres, o Financial Times avançava 0,28%, a 6.568 pontos, mas o índice de referência, o pan-europeu Stoxx 600, perdia 0,44%, a 392 pontos, depois de ganhar cerca de 14% nas últimas cinco semanas.

    Clique aqui para acessar a página do CNN Business no Facebook