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    Dólar cai com apetite externo; Ibovespa fecha quase estável

    Internamente, o mercado repercutiu o avanço na MP da privatização da Eletrobras, que será votada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (19)

    Foto: CNN

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar fechou em queda de 0,21% ante o real, a R$ 5,2552, depois de oscilar entre perdas e ganhos, acompanhando o viés de baixa da moeda norte-americana no exterior enquanto o mercado aguarda avaliações do banco central dos Estados Unidos sobre manutenção de estímulos.

    Na B3, o Ibovespa abandou a tendência de queda no início da tarde em leve alta. O índice subiu 0,03%, para 122.979 pontos. 

    Internamente, investidores acompanharam a continuação da CPI da Pandemia, que ouviu hoje o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, e repercutiram avanços no processo de privatização da Eletrobras.

    A votação da medida provisória que propõe a privatização da Eletrobras está pautada para quarta-feira na Câmara dos Deputados, disse o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em mensagem no Twitter.  “É importante que haja um amplo debate sobre o tema. Nós temos um acordo para que, em respeito ao Senado, as MPs sejam encaminhadas para análise dos senadores, com um prazo de 30 dias”, acrescentou ele.

    As ações da estatal (ELET3, ELET6) subiram 2,5%. 

    Os papéis da Minerva (BEEF3) caíram 3,56% e os da Marfrig (MRFG3) cederam 1,08%, tendo no radar que Argentina suspendeu por 30 dias exportações de carnes. A Minerva tem a opção de compensar suas vendas a partir da produção em outras nações. Já a Marfrig disse que o impacto direto desta restrição se limita a 1,3% da receita líquida consolidada. A JBS (JBSS3) perdeu 2,8%.

    A CSN (CSAN3) ganhou 2,13% depois que pediu o registro para uma oferta primária de ações da sua controlada CSN Cimentos.

    A equipe de estratégia do Bradesco BBI revisou o seu preço-alvo do Ibovespa para 135 mil pontos no final desde ano e 150 mil pontos em 2022, enxergando compressão gradual do prêmio de risco e recuperação significativa dos lucros das empresas.

    Lá fora

    Os mercados acionários dos Estados Unidos encerraram em queda nesta terça-feira, com uma queda acentuada em ações de telecomunicações e dados fracos sobre construção de moradias ofuscando balanços melhores do que o esperado de empresas como Walmart e Home Depot.

    O Dow Jones recuou 0,78%, aos 34.060 pontos; o S&P 500 desvalorizou-se 0,85%, aos 4.127 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,56%, aos 13.303 pontos.

    A AT&T esteve entre as maiores perdas percentuais do índice S&P 500. A companhia deu sequência à queda de segunda-feira, quando informou que reduzirá seu índice de distribuição de dividendos como resultado do acordo de ativos de mídia de US$ 43 bilhões com a Discovery.

    As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta terça-feira (18) à medida que investidores foram em busca de barganhas após recentes perdas causadas em parte pelo surgimento de novos surtos de Covid-19 na região.

    O índice acionário japonês Nikkei subiu 2,09% em Tóquio hoje, a 28.406,84 pontos, impulsionado por ações dos setores siderúrgico e de seguros, enquanto o Hang Seng avançou 1,42% em Hong Kong, a 28.593,81 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 1,23% em Seul, a 3.173,05 pontos, e o Taiex deu um salto de 5,16% em Taiwan, a 16.145,98 pontos, apagando parcialmente as fortes perdas que acumula desde o fim de abril em meio à disseminação do novo coronavírus na ilha.

    Em dia de apetite por risco, ficou em segundo plano o fato de o Produto Interno Bruto (PIB) do Japão ter sofrido expressiva contração anualizada de 5,1% entre janeiro e março.

    Na China continental, os mercados tiveram desempenho mais modesto, mas ampliaram ganhos de ontem. O Xangai Composto subiu 0,32%, a 3.529,01 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,17%, a 2.324,27 pontos.

    Embora continuem preocupados com o aumento de infecções por Covid-19 em partes do continente asiático, como Taiwan e Cingapura, e com a grave situação na Índia, onde o contágio está em desaceleração, mas permanece em níveis alarmantes, investidores se animam com a perspectiva de reabertura econômica dos EUA e da Europa, que estão mais avançados na vacinação contra a doença.

    Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com os ganhos liderados por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 avançou 0,60% em Sydney, a 7.066,00 pontos. 

    *Com Estadão Conteúdo e Reuters