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    Ibovespa fecha em queda de 1,16% com presidente do BC e commodities; dólar recua

    Principal índice da B3 encerrou o dia aos 116.952,85 pontos, enquanto a moeda norte-americana desvalorizou 0,43%, cotada a R$ 4,691

    Mercado financeiro / investidor / analista de mercado
    Mercado financeiro / investidor / analista de mercado TERADAT SANTIVIVUT / Getty Images

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business* em São Paulo

    O Ibovespa fechou em queda de 1,16%, aos 116.952,85 pontos, nesta segunda-feira (11), enquanto o dólar teve desvalorização de 0,43%, cotado a R$ 4,691.

    Especialistas entrevistados pelo CNN Brasil Business apontaram que o mercado nesta tarde era afetado pela declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela percepção de queda por demanda de commodities e pelas expectativas dos dados de inflação dos EUA que saem esta semana.

    Campos Neto classificou a inflação de março do país, divulgada na sexta-feira, como uma “surpresa” e disse que irá analisar o número.

    O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — que mede a inflação oficial do país –, acelerou para 1,62% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (8). Em fevereiro, o índice havia ficado em 1,01%.

    Pamela Semezzato, analista de investimentos CNPI-T da Clear Corretora, destacou também que o Ibovespa seguiu o mercado norte-americano que operou em queda.

    Na última sexta-feira (8), o principal índice da B3  fechou em queda de 0,45%, aos 118.332,26 pontos, enquanto a moeda norte-americana encerrou com desvalorização de 0,61%, a R$ 4,711.

    Sobe e desce da B3

    Veja os principais destaques desta segunda-feira:

    Maiores altas

    • Braskem (BRKM5) +1,88;
    • Ambev (ABEV3) +1,81%;
    • Cielo (CIEL3) +1,46%;
    • Energias (ENBR3) +1,46;
    • Carrefour (CRFB3) +1,12%

    Maiores baixas

    • BRF (BRFS3) -7,11%;
    • Cogna (COGN3) -5,65%;
    • WEG (WEGE3) -4,66;
    • B3 (B3SA3) -4,62%;
    • Yduqs (YDUQ3) -3,88%

    Campos Neto

    “Como as inflações continuam surpreendendo, a gente pode ter um movimento de mais altas (de juros nos EUA) no curto prazo, e se esse movimento não vier com percepção de que vem junto de crescimento forte, talvez a gente tenha uma reversão parcial desse fluxo para países emergentes”, disse o chefe da autoridade monetária brasileira mais cedo, durante evento.

    Campos Neto ainda avalia que em uma situação de inflação persistente e com novo choque relacionado à guerra na Ucrânia, é provável que o aperto monetário americano seja mais intenso no curto prazo.

    Sobre a questão inflacionária, o presidente do BC destacou que o núcleo de inflação (que desconsidera elementos mais voláteis) está muito alto no Brasil. Para ele o dado recente do IPCA “foi uma surpresa” e é preciso avaliar se a tendência mudará.

    Commodities

    Desde sexta-feira (8), os especialistas apontaram que houve uma queda na demanda de commodities. Com o risco de um possível prolongamento de lockdown na China, que “traz uma percepção de redução por demanda de commodities, principalmente o minério de ferro”, afirma Costa.

    A China enfrenta sua maior onda de Covid-19, com Xangai agora como o epicentro. Todos os cerca de 25 milhões de residentes estão confinados, com profissionais de saúde nacionais e militares chineses enviados para impulsionar a resposta da cidade.

    Até o final do mês, o vírus havia se espalhado para 29 das 31 províncias da China, segundo a Comissão Nacional de Saúde (NHC). 90% de todos os casos identificados em março vieram de Jilin e Xangai, os dois maiores focos.

    Os contratos futuros do aço na China, por exemplo, tiveram queda nesta segunda-feira (11), acompanhando os preços mais baixos das matérias-primas. O contrato do vergalhão de aço para material de construção mais ativo na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em outubro, caiu 3,1%, para 4.867 iuanes (763,76 dólares) por tonelada no fechamento.

    Relembre a guerra

    Acompanhe a cobertura ao vivo da CNN sobre o conflito.

    Rússia está tentando reabastecer e reforçar suas forças no Donbass, disse um alto funcionário da defesa dos Estados Unidos nesta segunda-feira (11) –o que seria evidenciado por um comboio de veículos se aproximando da cidade ucraniana de Izyum pelo norte.

    A linha de veículos inclui um “elemento de comando e controle, um batalhão de apoio, basicamente facilitadores, talvez apoio de aviação de asa rotativa e outros apoios de infantaria”, diz o responsável.

    Ao contrário dos EUA, a Ucrânia avalia que esta seja “uma nova ofensiva” no Donbass, e não um “reforço” das tropas: “Temos que entender que não será a repetição de 24 de fevereiro, quando os primeiros ataques aéreos e explosões começaram e dissemos: ‘A guerra começou.’ A grande ofensiva de fato já começou”, disse Vadym Denysenko, conselheiro do ministro do Interior da Ucrânia.

    E, ao mesmo tempo, mais sanções da União Europeia contra a Rússia são uma opção, disse o principal diplomata do bloco nesta segunda, quando perguntado se a UE está pronta para considerar um embargo de petróleo russo.

    “As sanções estão sempre na mesa”, disse Josep Borrell a repórteres ao chegar para uma reunião com os ministros das Relações Exteriores da UE em Luxemburgo. “Os ministros vão discutir quais são os próximos passos”, disse ele.

    Destaques últimas 24 horas:

    • Primeiro-ministro da Áustria tem conversa “não agradável” com Putin em Moscou;
    • EUA acreditam que Rússia reúne forças, e não planeja nova ofensiva em Donbass;
    • Nova fase ofensiva em Donbass já começou, dizem Reino Unido e Ucrânia;
    • Rússia realiza novos ataques e atinge aeroporto de Dnipro;
    • Boris Johnson se réune com Volodymyr Zelensky em Kiev;
    • Rússia ataca depósitos de munição ucraniana;
    • Ataque a estação de trem em Kramatorsk deixa ao menos 50 mortos; governo russo nega autoria;
    • Mais de 160 corpos foram achados em Bucha;
    • União Europeia vê indícios de crimes de guerra na Ucrânia

    *Com informações da Reuters e da CNN