Petróleo estende perdas com menor demanda na China e queda das tensões no Oriente Médio
Investidores também reduziram preocupações com conflitos no Oriente Médio depois que Israel assegurou aos EUA que não têm instalações petrolíferas ou nucleares do Irã como alvo na retaliação
Os contratos futuros do petróleo fecharam o pregão desta quarta-feira (16), em queda pela quarta sessão consecutiva. Os preços da commodity foram limitados pela baixa demanda pelo óleo na China, que continua a pressionar o mercado para baixo, assim como a diminuição nas tensões no Oriente Médio.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,27% (US$ 0,19), a US$ 70,39 o barril. O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,04% (US$ 0,03), a US$ 74,22 o barril.
Em relatório, a S&P Global analisa que a demanda chinesa pelo óleo caiu neste ano por conta do cenário de lento crescimento econômico, um fraco setor de construção e eventos climáticos extremos, o que pressiona o petróleo para valores mais baixos.
Ainda, o documento menciona o impacto no aumento de veículos elétricos para o mercado de petróleo.
Para a Global X, a demanda da China pela commodity continuará a ser chave para os preços no curto prazo. “Não está claro como as recentes medidas de estímulo podem afetar os hábitos de consumo chineses”, cita.
Os investidores também reduziram as preocupações com os conflitos no Oriente Médio depois que Israel assegurou aos Estados Unidos que não têm as instalações petrolíferas ou nucleares do Irã como alvo na retaliação que está sendo planejada.
A Julius Baer, porém, não acredita que os riscos geopolíticos da região tenham desaparecido e que deixem de refletir nos preços do petróleo. “Ficaríamos um tanto surpresos se o prêmio de risco geopolítico tivesse desaparecido por enquanto”, escreve em relatório.
Ainda, no radar, investidores acompanharam notícias sobre o vazamento de petróleo no principal terminal de exportações do Irã localizado na Ilha Khark. O local é responsável por 90% das exportações de petróleo do Irã e pela maior parte das exportações de gás do sul do país.
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*Com informações da Dow Jones Newswires