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    Ouro recua em movimento de correção e com juros dos EUA no radar

    Cotação corrige ganhos de ontem, que impulsionaram o metal precioso ao seu maior nível histórico

    Laís Adriana, do Estadão Conteúdo

    O ouro fechou em queda nesta quarta-feira (17) corrigindo ganhos recentes. O metal precioso também foi pressionado pela alta nos rendimentos dos Treasuries durante boa parte do pregão, apesar da volatilidade do mercado de títulos diante da consolidação de expectativas por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) em setembro.

    O ouro para agosto fechou em baixa de 0,32%, em US$ 2.459,90 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Isso marca o segundo maior fechamento na história do metal, segundo a Dow Jones Newswires, atrás apenas do encerramento de ontem.

    O ouro corrigiu nesta sessão os ganhos de ontem, que impulsionaram o metal precioso ao seu maior nível histórico. Para a corretora LMAX, a força do ouro indica uma “economia global em preocupação”, diante do ambiente geopolítico incerto.

    Nesta quarta, os preços do metal precioso também foram pressionados pela alta dos juros dos Treasuries durante boa parte do pregão.

    Os rendimentos, no entanto, operaram voláteis: de um lado, dados macroeconômicos de indústria e moradias dos EUA vieram mais fortes que o esperado, apoiando o avanço dos juros dos Treasuries.

    Do outro lado, comentários de dirigentes do Fed reforçaram expectativas de flexibilização monetária, ao afirmar que cortes de juros estão “próximos”.

    Em relatório, a Capital Economics prevê que os preços elevados do ouro devem tornar joias feitas com o metal precioso menos atrativas, reduzindo a demanda nos próximos meses.

    Entretanto, a consultoria acredita que a demanda por bancos centrais — que representa atualmente cerca de metade da demanda do mercado físico para produção de joias — tomará cada vez mais espaço e será menos sensível aos preços.

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