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    Dólar recua a R$ 5 à espera de dados da inflação dos EUA; Ibovespa sobe 0,8%

    Dia também foi marcado pela manutenção da alta do minério de ferro com expectativa de melhora na demanda da China

    Notas de dólar em foto de ilustração
    Notas de dólar em foto de ilustração 07/11/2016 REUTERS/Dado Ruvic

    Da CNN*

    São Paulo

    O Ibovespa subiu pela segunda sessão seguida e o dólar caiu ante o real nesta terça-feira (9), com investidores em todo o mundo à espera de novos dados da inflação dos Estados Unidos e os impactos dos números na estratégia de corte dos juros do Federal Reserve (Fed).

    O dia também foi marcado pela manutenção da alta do minério de ferro, dando fôlego às economias expostas à commodity, sustentados por esperanças crescentes de melhora na demanda da China, maior mercado consumidor do produto, nas próximas semanas.

    O minério de ferro mais negociado para setembro em Dalian encerrou com alta de 5,63%, a US$ 112,73 por tonelada. Este é o nível mais alto desde 25 de março, após aumento de mais de 3% na véspera. 

    O principal índice do mercado brasileiro encerrou o dia com alta de 0,8%, aos 129.890 pontos.

    A sessão foi marcada pela perda de força da Vale (VALE3), com baixa de 0,67% após alta acima de 5% na véspera, enquanto Petrobras (PETR4) ganhou 0,26% em meio a expectativas relacionadas à distribuição de dividendos extraordinários pela companhia.

    O cenário de espera global deu força para nova queda do dólar, que encerrou a sessão com recuo de 0,5%, negociado a R$ 5 na venda.

    Em meio à agenda esvaziada no exterior, o clima no mercado também é de expectativa para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI na sigla em inglês) dos EUA de março na quarta-feira, quando também será divulgada a ata da última reunião de política monetária do Fed.

    A previsão é de que o relatório mostre uma inflação de 3,4% na base anual, de 3,2% em fevereiro. Qualquer surpresa para cima deve impulsionar o dólar ao reduzir ainda mais as expectativas de cortes de juros para este ano.

    “É um número super importante para entender se o conforto do Jerome Powell, que é o presidente do Fed, vai continuar em relação às próximas decisões, quando devem cortar juros, quantas vezes vai cortar, qual o tamanho desse corte”, explica Pedro Marinho Coutinho, sócio da The Hill Capital.

    As apostas atuais de um afrouxamento de cerca de 60 pontos-base ao longo de 2024 são as mais baixas desde outubro, de acordo com dados do LSEG, em comparação com os cerca de 150 pontos que foram precificados no início de 2024.

    Quanto mais tarde o Fed cortar os juros, pior para o real, já que o diferencial de rendimento entre Brasil e EUA ficaria menor por mais tempo, reduzindo a atratividade do mercado de renda fixa doméstico, já que os ativos norte-americanos são muito seguros e estão oferecendo retornos consideráveis.

    A quarta-feira também é um dos pontos altos do calendário macroeconômico da semana no Brasil, uma vez que será conhecido o IPCA de março, o que também deve ajudar a calibrar as apostas sobre a taxa terminal da Selic no atual ciclo de afrouxamento monetário no país.

    *Com Reuters