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    Dólar amplia queda e fecha abaixo de R$ 5,60 após dados dos EUA; Ibovespa avança

    Resultado melhor do que o esperado no pedido de auxílio-desemprego impulsiona mercados globais

    Da CNN*

    Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro ampliaram o bom humor da véspera e fecharam no campo positivo nesta quinta-feira (8), com maior alívio internacional após dados semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos virem melhores do que o esperado.

    O resultado vai na direção oposta ao visto na semana passada, quando pedidos acima da expectativa ajudou a deflagrar o temor de que a maior economia do mundo caminha para uma recessão, levado a sucessivas perdas no mercado global.

    Na cena doméstica, investidores analisaram a bateria de balanços trimestrais publicados na véspera, com destaque para Casas Bahia, Eletrobras e Banco do Brasil, enquanto espera por novos relatórios após o fim do pregão, incluindo Petrobras, Sabesp e Magazine Luiza.

    O mercado também espera pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho, que será publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9), em meio a piora das expectativas para a inflação pelos analistas.

    O Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,9%, aos 128.660 pontos, em cenário favorecido pela desaceleração da curva de juros no país.

    As ações da Embraer (EMBR3) lideraram o pregão, com avanço de 9,99%, com repercussão positiva dos investidores aos dados trimestrais publicados na véspera. Já os papéis da Casa Bahia — que não integram o Ibovespa — dispararam mais de 25% após a varejista reverter prejuízo.

    O movimento em São Paulo acompanha o clima positivo nas bolsas globais, com ações na Europa fechando em leve alta, enquanto Wall Street sustentou ganhos.

    O clima de maior disposição ao risco favorece o câmbio doméstico, com dólar recuando 0,89% ante o real, fechando a R$ 5,573 na venda.

    Nas últimas três sessões, a moeda norte-americana à vista acumulou baixa de 2,92%

    Nesta manhã, números do Departamento de Trabalho dos EUA mostraram que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuaram para 233.000 na semana encerrada em 3 de agosto, ante 250.000 pedidos revisados ligeiramente para cima na semana anterior, em resultado abaixo do esperado por analistas.

    A previsão dos economistas previa 240 mil pedidos.

    O resultado contribuiu para a redução das preocupações dos agentes financeiros com uma grande desaceleração econômica nos EUA, fomentadas por dados de emprego mais fracos do que o esperado na semana passada, o que provocou uma enorme aversão ao risco durante a semana.

    “Foram números bem melhores do que o esperado em relação a um indicador que nem é tão importante, que raramente mexe com o mercado”, pontua Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos.

    Agora, os investidores passam a colocar no radar a divulgação de novos dados da inflação dos EUA, previstos para a semana que vem.

    *Com Reuters e CNN Internacional

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