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    Bolsa tem pior semana desde maio com cautela global e risco fiscal; dólar cai

    Sessão é marcada por expectativas de novos cortes dos juros nos EUA e expectativa por relatório de contas do governo federal

    Da CNN*

    O Ibovespa fechou em queda firme nesta sexta-feira (20) e o real teve a pior performance contra o dólar entre as moedas do mundo, com cenário de cautela global por dúvidas sobre o ritmo do corte de juros nos Estados Unidos.

    No cenário doméstico, a pressão vinha das expectativas com o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado ainda nesta sexta pelo governo federal, e deve trazer uma revisão da arrecadação federal e detalhes sobre o contingenciamento de gastos.

    Além disso, investidores digerem manifestações contrárias de servidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pedindo a exoneração do presidente Márcio Pochmann por “comportamento autoritário”.

    Diante destas pressões, o Ibovespa encerrou a sessão com perda de 1,55%, aos 131.065 pontos, o menor patamar em mais de um mês.

    O desempenho contribuiu para o principal índice do mercado doméstico perder 2,83% na semana, o pior resultado semanal desde maio.

    O cenário de cautela ao redor do mundo deu força para papéis do título dos EUA, pressionando o dólar para cima em todo o mundo, mas com maior intensidade contra o real.

    A divisa norte-americana fechou a sessão com alta de 1,84%, negociado a R$ 5,521 na venda, encerrando a sequência de sete quedas nos últimos dias.

    Apesar dos ganhos desta sexta, o dólar ainda encerrou a semana com perda de 0,83% contra o par brasileiro.

    Preocupação fiscal

    O governo entrega nesta tarde ao Congresso seu Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que pode trazer uma revisão da arrecadação federal e detalhes sobre o contingenciamento de gastos.

    Matéria publicada mais cedo na Folha de S.Paulo diz que, no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025, o governo prevê renúncia de R$ 543,7 bilhões na arrecadação com concessão de benefícios tributários a empresas e pessoas físicas. O montante representa um aumento de R$ 20 bilhões em relação ao valor estimado de renúncias neste ano.

    “Apesar das expectativas de manter as contas públicas dentro da meta em 2024, a incerteza sobre a situação fiscal em 2025 persiste. O ponto principal é, é possível alcançar equilíbrio neste ano, mas como ficará a situação fiscal em 2025? Lembrando que as possibilidades de receitas extras semelhantes às de 2024 são mais difíceis”, pontua Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital

    O mercado também observa os movimentos no IBGE após funcionários externarem críticas à gestão de Márcio Pochmann, indicado há pouco mais de um ano pelo governo federal.

    Nesta sexta-feira, Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) anunciou uma convocação de ato na semana que vem em frente à sede do IBGE, no Rio de Janeiro.

    A manifestação “exigirá que o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, altere o comportamento autoritário que tem marcado suas ações recentes e estabeleça um real processo de diálogo com os servidores em relação as diversas alterações em curso no Instituto”.

    Cautela global

    Após o esperado corte dos juros pelo Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira (18), o mercado passa a estimar agora os próximos passos da política monetária da maior economia do mundo.

    As expe

    “Nós observamos dois dias seguidos de apetite por risco bastante elevado depois da decisão do Fed, então hoje sempre há uma possibilidade dessa correção técnica”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

    Mercados também começam a se posicionar para uma agenda cheia na próxima semana, com uma bateria de dados que serão publicados nos EUA, com destaque para PMIs e revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre. Além disso, diversos dirigentes do Fed farão declarações.

     

    *Com informações de Reuters

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