Ibovespa fecha em alta de 0,33% com expectativas da inflação; dólar volta a R$ 5
No cenário local, os investidores repercutem dados de desemprego e o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central
Ibovespa e dólar fecham em alta nesta quinta-feira (28), com investidores repercutindo dados domésticos do mercado de trabalho e contas públicas. No cenário global, o clima é de expectativa pela divulgação de dados da inflação nesta sexta-feira (29).
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, subiu 0,33%, a 128.106 pontos, seguindo clima de leve alta em Wall Street.
O clima de cautela dá nova força ao dólar, que volta a performar na faixa psicológica de R$ 5, seguindo a valorização da divisa norte-americana ante a cesta de moedas fortes.
A moeda americana fechou o dia cotada a R$ 5,015, em leve alta de 0,70%.
No Brasil, o Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 1,9%, contra patamar de 1,7% estimado em dezembro, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira, que também apresentou alertas sobre a evolução da inflação.
Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o país registrou uma taxa de desemprego de 7,8% no trimestre até fevereiro, diante do aumento no número de pessoas em busca de trabalho, marcando a taxa mais alta desde agosto do ano passado.
Também nesta quinta, dados do Tesouro sinalizaram que a dívida pública federal subiu 2,25% em fevereiro ante janeiro, para R$ 6,595 trilhões.
Expectativa com inflação dos EUA
Na véspera, o diretor do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Christopher Waller disse que dados recentes decepcionantes sobre a inflação confirmam que o banco central dos EUA deve adiar o corte de taxa de juros de curto prazo.
O foco de investidores continuava voltado para dados de inflação dos EUA agendados para o final desta semana, quando os mercados em boa parte do mundo estarão fechados para a Sexta-feira Santa.
A expectativa é de alta de 0,3% em fevereiro do índice PCE sobre o mês anterior e de 2,8% na base anual, com analistas dizendo que qualquer número mais alto será considerado como um revés para as apostas de um corte de juros pelo Fed em junho.
Recentemente, várias autoridades do Banco Central Europeu (BCE) têm dito que há sinais claros de desaceleração da inflação, o que deve permitir um afrouxamento da política monetária em breve.
Quanto mais tempo o Fed permanecer com os juros elevados enquanto outros países — caso do Brasil — cortam suas taxas básicas, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente.
*Com informações da Reuters
