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    Dólar recua a R$ 5,23 com mercados à espera de dados do BCE e EUA; Ibovespa fecha estável

    Na cena doméstica, mercados esperam desaceleração do ciclo de queda dos juros pelo BC

    Por volta das 14h30, a bolsa paulista operava em leve alta de 0,08%, aos 122.201 pontos
    Por volta das 14h30, a bolsa paulista operava em leve alta de 0,08%, aos 122.201 pontos REUTERS/Amanda Perobelli

    Da CNN*

    São Paulo

    O Ibovespa fechou praticamente estável e o dólar recuou ante o real nesta segunda-feira (3), em sessão volátil, com investidores em todo o mundo à espera de dados nos Estados Unidos que podem dar mais pistas sobre início do corte dos juros pelo Federal Reserve (Fed).

    Na cena local, as atenções se voltaram às expectativas de nova desaceleração da queda da Selic pelo Banco Central (BC), com analistas passando a enxergar espaço para apenas mais uma redução de 0,25 ponto percentual neste ano.

    O principal índice do mercado doméstico fechou a sessão com leve queda de 0,05%, aos 122.031 pontos, com destaque negativo da Vale (VALE3) em dia de perda do minério de ferro, enquanto papéis de bancos sustentaram ganhos.

    O cenário volátil tirou parte do fôlego do dólar, que recuou 0,31% ante o real, negociado a R$ 5,234, em linha com a desvalorização da divisa norte-americana ante a cesta de divisas fortes.

    Payroll e BCE no radar

    As atenções dos investidores seguem para dados nos EUA e Europa que serão publicados nesta semana e que podem mexer com a expectativa de políticas monetárias.

    No exterior, o BCE pode iniciar um ciclo de afrouxamento monetário, reduzindo os juros em 0,25 ponto percentual, para 3,75%, na quinta-feira (6). Se confirmado, será a primeira vez na história que o BCE corta juros antes do Fed.

    Já na sexta (7) serão publicados dado do payroll, um dos principais índices do mercado de trabalho nos EUA, aguardado pelos mercados para recalibrar as expectativas para início do corte de juros pelo Fed.

    Para economistas do Bradesco, esses dados poderão dar mais convicção para as expectativas – renovadas após resultados recentes da economia norte-americana – de que o corte de juros pelo Federal Reserve poderá ocorrer ainda neste ano, conforme relatório a clientes.

    “A reunião do Fed no final deste mês será o foco principal dos investidores, com as ações de crescimento podendo ser afetadas por movimentos nas taxas de juro”, destacou equipe da Avenue em relatório, também chamando a ação para uma “primeira semana de junho repleta de dados econômicos”.

    Juros maiores no Brasil

    O mercado reviu as expectativas para os juros domésticos ao fim de 2024, com nova taxa em 10,25% ao ano, segundo dados do Boletim Focus publicados nesta manhã.

    Agora, os analistas esperam que o BC faça apenas mais um corte, de 0,25 ponto. Para 2025, passou de 9% para 9,18%, conforme a mediana das projeções.

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se em 18 e 19 de junho para decidir sobre a taxa, atualmente em 10,5%.

    Ainda na agenda brasileira, nesta terça-feira (4) serão divulgados dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Os números serão publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir das 9h.

    *Com Reuters