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    Ibovespa fecha semana com alta de 0,5% com novos dados da inflação dos EUA; dólar sobe a R$ 4,96

    Mercado externo segue ajustando suas apostas para cortes de juros nos Estados Unidos

    Por volta das 10h10, a bolsa paulista subia 0,58%, a 128.539,96 pontos
    Por volta das 10h10, a bolsa paulista subia 0,58%, a 128.539,96 pontos Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

    Da CNN*

    São Paulo

    O Ibovespa fechou em alta e o dólar voltou a ficar estável ante o real nesta sexta-feira (16), com investidores avaliando novos dados da inflação dos Estados Unidos, que mais uma vez supreenderam negativamente ao virem acima do esperado.

    Na cena doméstica, as atenções se voltaram para a Vale (VALE3), que fechou em alta firme tendo de pano de fundo noticiário sobre reunião do conselho de administração da mineradora envolvendo o controle da companhia, sem um desfecho.

    O dia também foi positivo para empresas voltadas à educação privada após o governo federal publicar resolução que cria o Fies Social.

    Diante destas pressões, o principal indicador do mercado brasileiro encerrou o dia com avanço de 0,72%, aos 128.725 pontos. O resultado fez o Ibovespa fechar em alta pela segunda semana seguida, com valorização de 0,54%.

    Como nas outras sessões desta semana, o dólar oscilou em margens bastante estreitas, com agentes demonstrando cautela nos negócios a despeito de um certo reposicionamento dos investidores, no exterior, em relação ao futuro da política monetária nos Estados Unidos.

    A divisa norte-americana voltou a ficar estável ante o real, com leve queda de 0,02%, negociada a R$ 4,967. Na semana reduzida em função do Carnaval, o dólar acumulou alta de 0,16%.

    No exterior, os olhos se voltam para os números de inflação do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA.

    O PPI subiu 0,3% em janeiro, resultando em um aumento anual de 0,9%, de acordo com dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS, na sigla em inglês).

    Apesar de ter apresentado uma aceleração acima do esperado pelos economistas (um ganho anual projetado de 0,7%, de acordo com a FactSet), a taxa anual está em linha com o que foi visto no último trimestre de 2023 e permanece no terceiro menor patamar registrado desde a perturbação das cadeias de abastecimento provocada pela pandemia.

    No entanto, o aumento mensal de 0,3% foi o maior desde agosto de 2023, mostram os dados do BLS.

    Após os dados, o mercado financeiro reduziu significativamente a probabilidade de um corte nos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em junho, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group.

    Após os dados do PPI, tornou-se majoritária a probabilidade de redução de 75 pontos-base das taxas de juros até o fim de 2024.

    A ferramenta do CME indica chance de 30,9% de que as taxas terminem o ano no intervalo de 4,50% a 4,75%, enquanto antes do PPI a probabilidade era de 28,6%.

    Vale sustenta alta

    O desempenho do Ibovespa foi sustentado em parte pelo avanço de 3,31% da Vale (VALE3) — ação com maior peso da bolsa —, com investidores repercutindo a falta de resolução da reunião do conselho de administração para debater o controle da companhia.

    A Petrobras (PETR4) também deu força para o movimento positivo, fechando com valorização de 0,92%, com nova alta firme do barril de petróleo no mercado internacional.

    O resultado do dia também foi impulsionado pela alta de empresas voltadas à educação após o governo federal anunciar o Fies Social, que vai custear 100% o ensino superior de estudantes com renda familiar de até meio salário mínimo (R$ 706) e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

    As ações da Cogna (COGN3) ganharam 2,11%, enquanto a Yduqs (YDQS3) valorizou 2,52%.

    Já a alta do dia foi lideraram pela Braskem (BRKM5), que subiu 10,32%, em meio a notícias envolvendo avanços na auditoria para a venda da participação da Novonor, antiga Odebrecht, petroquímica.

    *Com Reuters