Ibovespa fecha em queda de 0,43% com juros nos EUA e expectativa por Petrobras; dólar recua a R$ 4,93
Investidores também aguardam novas falas de Powell e dados dos EUA
Ibovespa e dólar fecharam em queda nesta quinta-feira (7), com mercados repercutindo falas sem grandes surpresas do chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, com o foco de investidores passando a se concentrar totalmente em dados de emprego dos Estados Unidos previstos para esta sexta-feira (8).
Na cena doméstica, o mercado espera pela publicação do balanço trimestral da Petrobras (PETR4), previsto para o fim do dia.
O principal índice do mercado fechou a sessão com baixa de 0,43%, aos 128.339 pontos, indo na contramão do bom humor em Wall Street, que teve novos recordes no S&P 500 e alta acima de 1,5% na Nasdaq, bolsa que concentra as ações de tecnologia.
Seguindo a queda ante a cesta de moedas fortes, o dólar recuou 0,23% contra o real, negociado a R$ 4,934 na venda.
Pelo segundo dia seguido, investidores focaram as atenções nas falas de Powell em busca de novas pistas para o início da queda dos juros nos Estados Unidos.
Powell afirmou que o banco central “não está longe” de ganhar a confiança necessária na queda da inflação para começar a reduzir a taxa de juros, mas ressaltou que eventuais ajustes dependerão da evolução da economia e da continuidade de alta mais lenta dos preços, deixando o Fed dependente de dados.
A expectativa é de que o relatório de empregos do governo dos EUA, a ser publicado na sexta-feira, mostre abertura ainda sólida de 200 mil vagas de trabalho, contra 353 mil em janeiro. Qualquer dado acima do esperado tende a impulsionar o dólar globalmente, já que jogaria a favor de um posicionamento mais restritivo por parte do Fed.
Juros mais altos nos EUA tornam o dólar mais atraente, uma vez que elevam os retornos do extremamente seguro mercado de renda fixa norte-americano.
Na cena interna, investidores aguardam pelo balanço trimestral da Petrobras. A companhia, um das com maior peso no Ibovespa, encerrou a sessão com perda de 1,1%.
Além dos resultados, o mercado aguarda por possíveis sinalizações em mudanças na política de dividendos da economia após falas recentes do presidente Jean Paul Prates.
No fim de fevereiro, o CEO sinalizou uma postura mais conservadora em relação à remuneração aos acionistas da petroleira, gerando forte queda nas ações. Posteriormente, a empresa soltou comunicado ao mercado informando que não há decisões tomadas sobre a política de dividendos.
*Com informações de Reuters
