Dólar fecha em alta de 0,31%, a R$ 5,16; Ibovespa recua
Indicadores econômicos dos EUA apontam para economia e inflação persistentes
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Apesar de ter perdido força durante a tarde, o dólar fechou em alta nesta quinta-feira (25), impulsionado pelos dados piores que o esperado da inflação dos EUA, que reforçaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) deve promover menos cortes de juros este ano.
O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,1651 na venda, em alta de 0,31%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 2,98%.
Já o Ibovespa fechou com um declínio modesto, conforme a queda da Vale, na esteira de resultado trimestral abaixo das previsões do mercado, teve como contrapeso o avanço da Petrobras, após acionistas aprovarem distribuição de dividendos extraordinários.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,08%, a 124.645,58 pontos, com os negócios também influenciados por dados econômicos nos Estados Unidos que reforçaram dúvidas sobre os próximos passos do banco central norte-americano.
De acordo com o gestor Tiago Cunha, da Ace Capital, uma combinação de eventos pressiona a bolsa paulista, incluindo o efeito negativo em Wall Street dos resultados da Meta, que desapontou nas perspectivas de investimento em inteligência artificial, e a decepção com o balanço da Vale.
Ele ainda chamou a atenção para dados dos EUA que contribuíam para um aumento significativo da incerteza sobre os próximos passos da autoridade monetária norte-americana.
O crescimento econômico dos EUA desacelerou mais do que o esperado no primeiro trimestre, com o PIB registrando uma expansão anualizada de 1,6%, mas uma aceleração da inflação manteve a perspectiva de que o Federal Reserve não cortará a taxa de juros antes de setembro.
O núcleo do índice de preços PCE, que exclui alimentos e energia, mostrou uma alta de 3,7%, após avanço de 2% no quarto trimestre.
O PCE é a medida preferida do Federal Reserve para analisar o comportamento da inflação na maior economia do mundo.
“De um lado, o indicador de atividade aponta para uma desaceleração considerável frente ao observado no final do ano passado”, observou o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, ressaltando, porém, que os números de inflação foram fortes e reforçam dúvidas sobre o começo dos cortes de juros nos EUA.
“No limite, esse quadro liga um alerta para possibilidades da chamada – e tão temida – estagflação.”
Em paralelo, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 5.000 na semana encerrada em 20 de abril, para 207.000 em dado com ajuste sazonal, segundo o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters, porém, previam 215.000 pedidos na última semana.
Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos avançavam a 4,7289%, de 4,654% no fechamento da véspera, enquanto o S&P 500, uma das principais referências do mercado acionário norte-americano, cedia 1,52%, com as ações da Meta desabando mais de 13%.
Câmbio
Após abrir em queda, o dólar passou a subir após a divulgação de dados de atividade dos Estados Unidos em meio a uma maior cautela sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve.
A moeda norte-americana à vista subia 0,47%, a R$ 5,1701 na venda. Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1492 na venda, em alta de 0,4%.
*Com informações de Reuters