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    Ibovespa fecha em alta de 1,25% após Fed sinalizar cortes nos juros; dólar recua a R$ 4,97

    Investidores ainda aguardam decisão da política monetária no Brasil

    Da CNN* , São Paulo

    O Ibovespa fechou acima dos 129 mil pontos e o dólar voltou a cotação abaixo de R$ 5 nesta quarta-feira (20), após decisão do Federal Reserve (Fed) em manter os juros entre 5,25% e 5,5%, mas sinalizar três cortes ainda neste ano.

    O otimista foi reforçado após o presidente do Fed, Jerome Powell, dizer que, mesmo com a força inesperada dos dados inflacionários recentes nos EUA, sua perspectiva para as pressões sobre os preços é relativamente estável.

    Agora investidores aguardam pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que informa sua decisão no fim do dia, com os mercados fechados, e deve voltar a cortar a taxa Selic em meio ponto percentual, a 10,75%. Economistas estão atentos a possíveis mudanças na orientação da autarquia de manutenção do ritmo de cortes nas “próximas reuniões”.

    O principal índice do mercado doméstico encerrou a sessão da “superquarta” com alta de 1,25%, aos 129.124 pontos, o melhor patamar desde a primeira semana de março e em linha com o movimento positivo em Wall Street.

    O sentimento de alívio com os juros nos EUA deu forte impulso para a queda do dólar, que cedeu 1,14% ante o real, negociado a R$ 4,974. O resultado encerra a sequência de duas sessões que a moeda performou acima de R$ 5 desde outubro do ano passado.

    Superquarta

    As autoridades do banco central dos Estados Unidos ainda preveem três cortes de juros este ano, de acordo com a mediana das novas projeções econômicas publicadas nesta quarta-feira, mas, de modo geral, tornaram-se mais “hawkish” do que há três meses.

    Nove das 19 autoridades do Fed preveem três cortes de 0,25 ponto percentual na taxa de juros este ano, e nove preveem dois ou menos. Apenas um deles previu mais cortes do que a mediana, em comparação com cinco em dezembro.

    Em fala com jornalistas, Powell ressaltou que, apesar do cenário da inflação ter apontado para cima nos últimos meses, o horizonte apresenta sinais positivos.

    Apesar dos dados recentes, os números “realmente não mudaram a história geral, que é a de uma inflação caindo gradualmente, em uma trajetória um tanto instável”, disse.

    Já no Brasil, o resultado do encontro do Copom será conhecido após o fechamento da B3, e o foco também estará voltado para os movimentos futuros, dado o consenso de que a Selic cairá a 10,75%.

    Quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, mais interessante fica o real para uso em estratégias de “carry trade”. Nelas, tomam-se empréstimos em país de juros baixos e se aplica esse dinheiro em mercados mais rentáveis, de forma que se lucra com a diferença de taxas.

    Um cenário em que o Fed se mostre mais cauteloso com a inflação tende a reduzir esse diferencial de juros, o que explica a valorização generalizada da moeda norte-americana nas últimas semanas, já que dados recentes mostraram que as pressões de preços nos EUA seguem persistentes.

    Braskem lidera alta

    Na agenda corporativa, a alta do dia foi puxada pela Braskem (BRKM5), que ganhou 17,69%, tendo como pano de fundo relatório do Santander elevando a recomendação das ações para “outperform”, com preço-alvo de R$ 27 (versus R$ 22,50 anteriormente).

    Investidores também continuam monitorando noticiário sobre uma esperada venda da participação da Novonor na petroquímica.

    Já Petrobras (PETR4) subiu 1,75% em dia de queda dos preços do petróleo no exterior. A companhia paga nesta sessão a segunda parcela dos dividendos referentes ao balanço de 30 de setembro do ano passado.

    Também no campo positivo, Vale (VALE3) fechou com alta de 0,67%, com os futuros do minério de ferro ampliando a alta na China, em meio a crescentes expectativas de uma retomada da produção entre as siderúrgicas naquele país.

    Além disso, no exterior, em uma semana repleta de decisões de política monetária, a China manteve as taxas primárias de empréstimos de um ano em 3,45% e de cinco anos em 3,95%, conforme as previsões no mercado.

    *Com informações de Reuters

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