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    Ibovespa fecha em alta de 0,45% à espera de juros nos EUA e Brasil; dólar sobe a R$ 5,03

    Investidores esperam por indicações dos novos passos das políticas monetárias na "superquarta"

    Dólar caía 0,03%, cotado a R$ 5,0245
    Dólar caía 0,03%, cotado a R$ 5,0245 Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

    Da CNN*

    São Paulo

    O Ibovespa fechou no campo positivo e o dólar teve leve alta ante o real nesta terça-feira (19) à espera de decisões monetárias nos Estados Unidos e no Brasil que serão divulgadas nesta “superquarta”.

    O principal índice do mercado doméstico encerrou a sessão com alta de 0,45%, aos 127.528 pontos, em linha com o clima positivo em Wall Street.

    O cenário de expectativa fez o dólar fechar com leve alta de 0,12%, negociado a R$ 5,031. Na véspera, a divisa encerrou acima da marca psicológica de R$ 5 pela primeira vez desde 31 de outubro de 2023.

    “Superquarta”

    O Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês) dá início nesta terça-feira ao encontro de política monetária de dois dias em que deve manter os juros, de acordo com previsões de mercado.

    Investidores ficarão atentos a pistas das autoridades do Fed sobre seus próximos passos, num momento em que muitos operadores têm adiado apostas sobre quando o banco central fará um primeiro corte na taxa devido à resiliência da inflação nos EUA.

    Junto com o comunicado de política monetária, o Fed divulgará na quarta-feira seu chamado “gráfico de pontos”, que reúne projeções das autoridades para variáveis como inflação, crescimento, e, mais importante para os mercados neste momento, os juros básicos.

    Se você tem taxa de juros alta lá nos Estados Unidos –que seria o paraíso em relação ao risco, um lugar onde você tem menos risco com uma taxa de juros alta– você tem a tendência forte de que o fluxo se concentre ali. Por isso que a gente vê essa alta (do dólar) nos últimos dois, três meses; porque as previsões de queda da taxa de juros nos EUA acabaram sendo postergadas”, disse Diego Faust, operador da Manchester Investimentos.

    Depois de chegarem a apostar que o Federal Reserve cortaria os juros em março, os mercados futuros dos EUA adiaram essa projeção para maio e depois para junho, e agora mesmo essa possibilidade perdeu espaço, com apenas 55% dos operadores esperando o início do afrouxamento no final deste primeiro semestre.

    No Brasil, o Banco Central também terminará seu encontro de política monetária na quarta-feira, com ampla expectativa de novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%, mas com dúvidas sobre se a autarquia manterá a orientação de manutenção desse ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões”, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.

    Atualmente, a taxa de juros está em 11,25% ao ano, após o início do ciclo de cortes em agosto do ano passado, quando a taxa estava no patamar de 13,75% ao ano.

    Temporada de balanços no radas

    A variação positiva do mercado foi sustentada pela Vale (VALE3), que subiu 0,82% apoiada pela alta dos preços futuros do minério de ferro na China.

    Na contramão, Petrobras (PETR4) perdeu 0,74% após operar em alta na maior parte do dia em linha com valorização do preço do petróleo.

    Na cena corporativa, analistas seguiram acompanhando a temporada de balanços.

    A Braskem (BRKM5) fechou entre as maiores altas, com avanço de 5,62%, após a empresa reportar prejuízo líquido de R$ 1,57 bilhão no quarto trimestre, queda de 8% sobre o resultado negativo de um ano antes e de 35% sobre o desempenho do período de julho a setembro do ano passado.

    Na ponta oposta, Magazine Luiza (MGLU3) recuou 6,19%, mesmo após o balanço do último trimestre de 2023 mostrar lucro de R$ 212,2 milhões, revertendo prejuízo sofrido um ano antes, impulsionado por contenção de despesas e baixa dos juros que apoiou o desempenho financeiro.

    O CEO da varejista também afirmou que a companhia registrou em janeiro e fevereiro crescimentos de vendas de dois dígitos sobre o mesmo período do ano passado.

    *Com informações de Reuters