Ibovespa fecha em queda de 0,94%, o 3º dia seguido de perdas; dólar sobe a R$ 4,93
Bolsa paulista acompanha pessimismo no exterior
O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (18) pelo terceiro pregão consecutivo, descolado das bolsas norte-americanas e da alta de commodities como minério de ferro e petróleo, em nova sessão de avanço nos rendimentos dos Treasuries diante de revisões em perspectivas sobre cortes de juros nos Estados Unidos.
A cena corporativa brasileira também ocupou os holofotes, com 3R Petroleum e PetroReconcavo disparando com a sugestão de fusão de seus ativos onshore, enquanto Energisa figurou entre as maiores quedas após anunciar que estuda follow-on de cerca de R$ 2 bilhões.
O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,94%, a 127.315,74 pontos. Na máxima do dia, chegou a 129.046,63 pontos. Na mínima, a 127.354,04 pontos.
Já o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9321 na venda, em leve alta de 0,03%. Em janeiro, a moeda acumula elevação de 1,66%.
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada para o nível mais baixo desde o final de 2022, sugerindo que o crescimento do emprego provavelmente permaneceu sólido em janeiro.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego estaduais caíram em 16 mil para 187 mil ajustados sazonalmente na semana encerrada em 13 de janeiro, o nível mais baixo desde setembro de 2022, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (18).
O movimento reforça o pessimismo dos investidores com a queda dos juros já em março, cenário que já estava abalado devido a falas mais duras de autoridades do Federal Reserve e do Banco Central Europeu (BCE) no início da semana.
Ainda hoje, o diretor do Fed Christopher Waller já havia defendido nesta semana que o banco central norte-americano não deve se apressar em cortar sua taxa básica de juros, até que esteja claro que a baixa da inflação será sustentada.
Em contrapartida, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse também nesta quinta-feira que está aberto a reduzir as taxas de juros mais cedo do que havia previsto caso haja evidências “convincentes” nos próximos meses de que a inflação está caindo mais rapidamente do que ele esperava.
*Com Reuters