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    Ibovespa fecha em alta de 1,2% apoiado por Petrobras e com juros no radar; dólar cai a R$ 4,97

    Estatal valoriza mais de 3% após duas quedas seguidas; investidores seguem à espera de Fed e Copom na semana que vem

    Por volta das 10:50, a bolsa paulista subia 0,7%, a 127.003,6 pontos
    Por volta das 10:50, a bolsa paulista subia 0,7%, a 127.003,6 pontos Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

    Da CNN*

    São Paulo

    O Ibovespa fechou em alta e o dólar teve leve queda ante o real nesta terça-feira (12), após dados da inflação no Brasil e nos Estados Unidos não alterarem as expectativas para o ritmo dos juros e com investidores à espera da decisão monetárias nos dois países na próxima semana.

    No cenário corporativo local, destaque para a recuperação das ações da Petrobras (PETR4) após duas sessões seguidas de quedas, em meio a reavaliações do risco da companhia após decisão sobre dividendos extraordinários.

    O principal índice do mercado doméstico fechou o dia com alta de 1,22%, aos 127.667 pontos, seguindo o bom humor em Wall Street com o S&P 500 atingindo novo recorde de valorização.

    O dólar encerrou a sessão com queda de 0,08%, a R$ 4,975 na venda.

    Os preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos aumentaram de forma sólida em fevereiro, em meio a custos mais altos de gasolina e moradia, sugerindo alguma rigidez na inflação, mostraram dados nesta manhã.

    O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,4% no mês passado, depois de ter avançado 0,3% em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, os preços ao consumidor aumentaram 3,2%, de 3,1% em janeiro. Economistas consultados pela Reuters projetavam alta de 0,4% no mês e de 3,1% na base anual.

    Na semana que vem, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) se encontra para definir a política monetária. Os dados desta sessão não alteraram as apostas de mercado de que o banco central manterá sua taxa básica de juros até um primeiro corte em junho.

    A moeda norte-americana chegou a cair brevemente após a divulgação dos dados norte-americanos, mas logo passou a operar entre estabilidade e ganhos moderados conforme investidores digeriam a inflação um pouco acima do esperado.

    Enquanto isso, a inflação brasileira acelerou mais do que o previsto em fevereiro e atingiu o nível mais alto em um ano diante da pressão sazonal dos custos da educação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,83%, acelerando a alta de 0,42% em janeiro e acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,78% no mês.

    Embora a alta de educação seja sazonal, os custos de serviços vêm sendo acompanhados de perto pelo Banco Central (BC) para a condução da política monetária, em um ambiente de mercado de trabalho resiliente que tende a elevar os gastos dos consumidores.

    Apesar deste avanço, analistas ouvidos pela CNN destacam que a trajetória de preços está em ritmo positivo e deve voltar a ceder ao longo dos próximos meses.

    O BC também se reúne na semana que vem para decidir o patamar dos juros, com ampla expectativa de novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%.

    Petrobras recupera, Vale cai

    A Petrobras apresentou reação nesta sessão após dois dias seguidos de queda — com tombo acima de 10% na sexta-feira (8).

    As ações preferenciais (PETR4) tiveram ganhos de 3,28%, enquanto as ordinárias (PETR3) subiram 3,03%.

    Na véspera, reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, o ministro de Minas e Energia e o presidente-executivo da Petrobras não trouxe novidades relacionadas aos dividendos extras, mas resultou no convite para a Fazenda passar a integrar o conselho de administração da estatal. 

    O assento deve ser ocupado por Rafael Dubeux, que atualmente é secretário-executivo adjunto da Fazenda.

    Na outra ponta, Vale (VALE3) perdeu 0,62% após mostrar reação na parte da manhã, em linha com a queda dos contratos futuros do minério de ferro na China. O contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações do dia em baixa de 3,35%, a US$ 114,54 a tonelada, menor preço desde 11 de outubro.

    Além do fator externo, investidores apuram o processo de sucessão da companhia, com o CEO Eduardo Bartolomeo se mantendo no cargo até o final de dezembro.

    *Com informações de Reuters