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    Bolsa sobe com expectativas de juros nos EUA e apoio da Vale; dólar recua

    Mercado analisa relatório da inflação do país norte-americano e dados do setor de serviço brasileiro

    Da CNN*

    Os principais ativos do mercado financeiro brasileiro encerraram no campo positivo nesta quarta-feira (11), com investidores calibrando expectativas para a queda dos juros no Brasil e nos Estados Unidos após dados recentes da inflação.

    No cenário internacional, investidores digeriram o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), com resultado dentro do esperado, mas com o núcleo levemente acima das expectativas.

    Já na cena doméstica, as atenções ficaram com dados de serviço em julho além das projeções, indicando aquecimento da economia e alimentando a expectativa de que o Banco Central (BC) dê início a um novo ciclo de alta dos juros na semana que vem.

    O Ibovespa encerrou a sessão com avanço de 0,27%, aos 134.676 pontos, puxada por gigantes do mercado brasileiro.

    A Vale (VALE3) — companhia com maior peso no pregão — subiu 2,84% em linha com o aumento da expectativa de produção de minério deste ano. Já Petrobras (PETR3) subiu 0,44% em linha com a valorização do petróleo no mercado global.

    O movimento na bolsa brasileira acompanha o clima positivo dos mercados em Wall Street e na Europa, às vésperas de novos dados da inflação norte-americana e decisão de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).

    O dólar recuou com o mercado precificando a redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana e fechou a sessão com perda de 0,1% contra o real, negociado a R$ 5,649 na venda.

    “O dólar se desvaloriza cerca com o mercado antecipando a baixa dos juros americana, que deve, na minha visão, trazer fluxo cambial para o Brasil, tornando a moeda americana menos escassa, portanto mais barata”, explica Felipe Castro, sócio da Matriz Capital.

    Inflação nos EUA

    O CPI norte-americano subiu 0,2% em agosto, segundo dados do Departamento do Trabalho divulgados mais cedo. O núcleo do índice, porém, teve alta de 0,3% na base mensal, ligeiramente acima dos 0,2% esperados por economistas consultados pela Reuters, ante avanço de 0,2% em julho.

    Em 12 meses, o núcleo do índice atingiu 3,2%, inalterado em relação ao mês anterior.

    O resultado coloca em dúvida a visão difundida nos últimos meses de que a inflação nos EUA está sob controle e desacelerando gradualmente para a meta de 2% do Fed, o que permitiria uma mudança no foco do banco central dos EUA para o esfriamento do mercado de trabalho.

    Apesar da preocupação com a situação do emprego nos EUA, os números de inflação desta quarta-feira consolidavam as apostas de um afrouxamento gradual por parte do Fed.

    “O dado acaba consolidando a ideia de que um corte de juros de 50 pontos-base pelo Fed é muito improvável”, disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

    Serviços surpreendem para cima

    O volume de serviços no Brasil teve resultado bem melhor do que o esperado em julho e cresceu pelo segundo mês seguido, iniciando o terceiro trimestre em patamar recorde e com um resultado que segue favorecendo o desempenho econômico.

    O volume de serviços teve em julho avanço de 1,2% em relação a junho, resultado que ofuscou a expectativa em pesquisa da Reuters de um recuo de 0,1%.

    Com isso, o setor renovou seu patamar recorde, superando o nível do mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11).

    Os dados de julho serão avaliados pelo Banco Central na reunião de política monetária da próxima semana, já que reforçam o cenário de desempenho econômico forte.

    Analistas divergiram na véspera sobre a possibilidade de alta da Selic, atualmente em 10,5%, após divulgação de queda de 0,02% da inflação em agosto.

    *Com Reuters

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