Ibovespa fecha semana com queda de 0,18%; dólar recua 0,78%, a R$ 4,95
Sessão foi marcada por expectativas por juros nos EUA e alta do PIB no Brasil
O Ibovespa fechou em alta e o dólar recuou ante o real nesta sexta-feira (1º), com investidores reforçando o início da queda dos juros nos Estados Unidos a partir de junho após dados da inflação divulgados na véspera virem dentro do esperado.
Na cena local, o mercado digere a alta de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023, puxado principalmente pelo agronegócio.
O principal índice do mercado doméstico subiu 0,12%, aos 129.180 pontos. O desempenho fez o Ibovespa encerrar a semana com queda de 0,18%. Em fevereiro, o índice valorizou 0,99%.
Já o dólar cedeu ante o real, com perda de 0,35%, negociado a R$ 4,954 na venda. O movimento seguiu a desvalorização da divisa ante as principais moedas do globo.
Na semana, a divisa somou baixa de 0,78%. Em fevereiro, a moeda norte-americana acumulou elevação de 0,67%.
O mercado global segue avaliando os impactos do PCE, divulgados nesta quinta (29), o índice de inflação favorito do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) para balizar os juros.
O índice subiu 0,3% em janeiro, em linha com o esperado pelos analistas, enquanto dados de dezembro foram revisados para baixo, mostrando um aumento de 0,1% no índice de preços PCE, em vez de 0,2%, conforme informado anteriormente.
Alguns participantes do mercado temiam que dados de inflação pudessem surpreender para cima e adiar ainda mais a projeção dos operadores para o início do afrouxamento monetário, mas a leitura manteve as apostas para um primeiro corte de taxa em junho. Segundo alguns agentes financeiros, isso colaborava para a fraqueza do dólar nesta sessão.
PIB avança 2,9%
Enquanto isso, o mercado local digeria nesta manhã dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostraram estagnação da economia no quarto trimestre, mas avanço de 2,9% em 2023 como um todo.
O resultado ficou acima da expectativa do mercado, que esperava alta de 2,2% no ano, de acordo com pesquisa da Reuters. O governo esperava alta de 3%, em linha com o crescimento registrado em 2022.
O maior destaque positivo, segundo o IBGE, foi a agropecuária, que cresceu 15,1% de 2022 para 2023.
*Com informações de Reuters
