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    De Apple a Disney, restrições à Covid-19 na China voltam a prejudicar negócios

    Principais empresas globais e chinesas, de montadoras a gigantes de tecnologia, sofreram enormes interrupções em seus negócios nos últimos dias

    Diksha Madhokdo CNN Business , em Pequim

    Já se passaram quase três anos desde que a Covid-19 atingiu a China pela primeira vez, mas a adesão implacável do país aos lockdowns continua a atrapalhar os negócios e a economia.

    As principais empresas globais e chinesas, de montadoras a gigantes de tecnologia, sofreram enormes interrupções em seus negócios nos últimos dias, à medida que a segunda maior economia do mundo dobra sua abordagem “Covid-zero” depois que Xi Jinping iniciou seu terceiro mandato no poder com um endosso à política.

    Nesta quarta-feira (2), as autoridades impuseram um bloqueio de sete dias na área que abriga a maior fábrica de montagem de iPhones da China, na cidade central de Zhengzhou.

    Administrado pela Foxconn, um dos maiores fornecedores da Apple, a instalação enfrenta desde meados de outubro um surto de Covid que causou pânico entre seus trabalhadores migrantes.

    Vídeos de pessoas saindo de Zhengzhou a pé se tornaram virais nas mídias sociais chinesas nos últimos dias. A mídia estatal disse que muitos trabalhadores da Foxconn estão entre aqueles que andam quilômetros nas estradas para escapar da fábrica.

    O bloqueio e o êxodo estão pressionando tremendamente a Foxconn pouco antes da importante temporada de compras de fim de ano e podem afetar a produção e os embarques da montadora.

    O fabricante taiwanês não é o único a lidar com o caos relacionado ao Covid no local de trabalho esta semana. Na segunda-feira, o resort de Xangai da Disney suspendeu abruptamente as operações para cumprir as medidas de prevenção do Covid-19.

    Os visitantes foram trancados dentro do parque até que apresentem um teste negativo para o vírus.

    Carros e fast-food

    As montadoras também estão sendo atingidas à medida que os casos aumentam na China, e as autoridades impõem bloqueios, quarentenas obrigatórias e repetidos testes em massa.

    Nesta quarta, o meio de comunicação estatal chinês National Business Daily disse que a fabricante de carros elétricos Nio fechou duas fábricas na cidade oriental de Hefei por causa das restrições do Covid.

    Em comunicado, a empresa disse que sua produção foi prejudicada pela pandemia no mês passado.

    “A produção e entrega de veículos foram restringidas por desafios operacionais em nossas fábricas, bem como volatilidades da cadeia de suprimentos devido às situações do Covid-19 em certas regiões da China”, disse.

    A Yum China, empresa com sede em Xangai e proprietária das redes KFC, Pizza Hut e Taco Bell na China, também pintou um quadro sombrio em seus lucros trimestrais.

    “Em outubro, aproximadamente 1.400 de nossas lojas estavam temporariamente fechadas ou ofereciam apenas serviços de take-away e entrega”, disse a empresa na última terça-feira.

    “Em todo o país, os consumidores estão viajando menos e reduzindo os gastos”, acrescentou.

    Há poucos sinais de alívio à vista. As autoridades aumentaram as restrições à Covid após a ampla tomada de poder de Xi no Congresso do Partido Comunista no mês passado, e os casos estão aumentando.

    A China registrou 2.755 infecções locais na terça, a maior contagem diária desde agosto.

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