Bolsas da Europa sobem após eleição britânica e à espera de dados dos EUA
Ações do setor imobiliário se destacavam no mercado inglês, com ganhos de 2,5% a mais 4%, uma vez que o manifesto trabalhista prometeu acelerar a construção de moradias
As principais bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira (5), após a vitória do Partido Trabalhista nas eleições gerais do Reino Unido e em meio ao bom desempenho de ações de tecnologia, enquanto investidores aguardam novos dados do mercado de trabalho dos EUA.
Em Londres, o índice acionário FTSE 100 subia 0,23% às 7h (de Brasília), após os trabalhistas conquistarem uma vitória histórica no Parlamento britânico, dando fim a 14 anos de governos conservadores.
Ações do setor imobiliário se destacavam no mercado inglês, com ganhos de 2,5% a mais 4%, uma vez que o manifesto trabalhista prometeu acelerar a construção de moradias.
Por volta das 6h45 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,43%, a 519,77 pontos.
Apenas o subíndice de tecnologia avançava 1,2%, após a alemã Aixtron, que fabrica equipamentos para a indústria de semicondutores, divulgar forte resultado de encomendas e a sul-coreana Samsung Electronics estimar um aumento de quase 16 vezes em seu lucro operacional trimestral.
Em Frankfurt, a ação da Aixtron saltava 16,5%.
Nas próximas horas, a atenção vai se voltar para o relatório de emprego dos EUA, o chamado payroll, que pode ser decisivo para as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começar a cortar juros neste segundo semestre.
Mais cedo na Europa, a indústria alemã decepcionou com uma inesperada queda de 2,5% na produção de maio, enquanto as vendas no varejo da zona do euro subiram 0,1% no mesmo período, menos do que o esperado.
Entre outras bolsas europeias, às 7h (de Brasília), a de Paris avançava 0,51%, a de Frankfurt ganhava 0,95% e a de Milão subia 0,58%.
Já a de Madri caía 0,04% e a de Lisboa se mantinha estável.
Também no radar, está o segundo turno da eleição parlamentar da França, no domingo (07).
A expectativa é que a extrema direita francesa não consiga obter maioria absoluta em meio à mobilização de partidos de esquerda e de centro.