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    Açúcar bruto salta 3,5% em NY após incêndios em canaviais no Brasil

    Prejuízos decorrentes das queimadas da última semana em canaviais no estado de São Paulo, maior produtor de cana do país, foram estimados em R$ 350 milhões

    Por Marcelo Teixeira, da Reuters

    Os contratos futuros do açúcar bruto subiram mais de 3% nesta segunda-feira (26), após os incêndios que queimaram milhares de hectares de canaviais no Brasil, o maior produtor global, enquanto o café arábica também subiu.

    O café robusta, o açúcar branco e o cacau de Londres não foram negociados na segunda-feira devido a um feriado bancário no Reino Unido.

    O açúcar bruto fechou em alta de US$ 0,65 centavo, ou 3,5%, a US$ 19,04 centavos por libra-peso, um pico para o mês.

    Os comerciantes disseram que os grandes incêndios nos canaviais do Brasil nos últimos dias levaram os investidores a cobrir parte de sua grande posição vendida em futuros de açúcar bruto em Nova York.

    Os prejuízos decorrentes das queimadas da última semana em canaviais no estado de São Paulo, maior produtor de cana do Brasil, foram estimados em R$ 350 milhões, com o fogo atingindo mais de 1% das lavouras paulistas, de acordo com avaliação da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana).

    “O mercado estava tecnicamente sobrevendido, e os incêndios geraram interesse de compra por parte dos fundos de hedge”, disse um corretor dos EUA.

    Espera-se que a associação de usinas Unica divulgue os dados de produção para a primeira metade de agosto nesta semana. Uma pesquisa da S&P Global Commodities Insights indica que a produção de açúcar no período foi de 3,28 milhões de toneladas métricas, 5% abaixo do ano anterior.

    O café arábica fechou em alta de 2,35 centavos de dólar, ou 1%, a US$ 2,4965 dólares por libra-peso.

    Os negociantes disseram que o mercado de café tem sido sustentado por fundamentos apertados, com redução dos suprimentos globais, principalmente do tipo robusta, o que levou o contrato de novembro do robusta em Londres a atingir o preço mais alto em 16 anos na sexta-feira.

    Uma pesquisa da Reuters indicou que os preços poderiam subir ainda mais no final do ano.

    Há previsão de que algumas chuvas atinjam parte das áreas produtoras de café no Brasil, o maior produtor, mas em volumes muito pequenos.

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