Ações europeias fecham em alta após dados fracos de inflação nos EUA
Números reforçam expectativa de Fed cortar juros em setembro
As ações europeias ampliaram seus ganhos nesta quinta-feira (11), com balanços positivos e dados de inflação dos Estados Unidos mais fracos do que o esperado, fortalecendo a visão de um corte na taxa de juros em setembro pelo Federal Reserve (Fed).
O índice europeu Stoxx 600 terminou em alta de 0,6%, um pouco abaixo da máxima de duas semanas registrada mais cedo na sessão.
Os preços ao consumidor dos EUA caíram pela primeira vez em quatro anos em junho, em meio a custos mais baixos de gasolina e aluguéis mais moderados, colocando firmemente a desinflação de volta nos trilhos e aproximando o Fed mais um passo do corte dos juros em setembro.
As ações dos setores imobiliário e de serviços públicos deram o maior impulso para o índice de referência, enquanto o índice Stoxx 200 — de empresas de pequena capitalização — superou o desempenho das grandes companhias, com um aumento de 1,1%.
“(Os dados) aumentaram as expectativas de que o Fed reduzirá os juros, a partir de setembro. E se o Fed fizer cortes, será mais fácil para o BCE fazer o mesmo”, disse Stuart Cole, economista-chefe da Equiti Capital.
“Os mercados europeus estão pensando dessa forma e agora estão prevendo um ritmo mais acelerado de afrouxamento monetário na Europa do que o esperado anteriormente. E isso é bom para as ações.”
Os mercados monetários já precificam mais de 85% de chance de um corte na taxa de juros dos EUA em setembro.
As ações francesas subiram 0,7%, lideradas pelo avanço de 5,5% da Vivendi, após notícia de que o grupo de mídia está explorando uma cisão e uma possível listagem em Londres para sua unidade TV Canal+.
A empresa britânica de água Pennon saltou 9,6% depois de nomear Laura Flowerdew como sua nova diretora financeira.