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    “Mercado vê agora o que deveria ter visto desde o começo do mandato”, diz presidente do BB

    Tarciana Medeiros assumiu o banco prometendo aliar a atuação comercial ao cumprimento de sua função social, o que levou temores a investidores

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    A presidente do Banco do Brasil (BB), Tarciana Medeiros, disse em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (10) que o mercado financeiro vê a governança do Banco do Brasil atualmente “como deveria desde o começo do mandato”.

    Medeiros assumiu a presidência do BB prometendo aliar a atuação comercial do banco ao cumprimento de sua função social — o que fez com que parte das casas de análise sugerissem que investidores se afastassem de seus papéis.

    Os resultados do Banco no último trimestre, com lucro líquido ajustado de R$ 8,7 bilhões, um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2022, reforçou o bom momento da instituição e a confiança em seu desempenho.

    “Acredito que a relação com o mercado não mudou. O mercado só está enxergando o que deveria desde o início do mandato. Fico feliz com as revisões das casas de análise”, disse Medeiros.

    “Isso reforça a robustez da nossa governança corporativa. Há a constatação da governança e da disciplina na execução da estratégia”, completou.

    Primeira mulher a presidir o Banco do Brasil em toda a história da instituição, Tarciana é funcionária de carreira há 22 anos.
    Primeira mulher a presidir o Banco do Brasil em toda a história da instituição, Tarciana é funcionária de carreira há 22 anos. / foto: Laila Goulart

    Função social

    Medeiros destacou durante a apresentação dos resultados que o Banco vem cumprindo a promessa de conciliar a atuação comercial à função social.

    A carteira do BB teve expansão de 13,6% em um ano, para R$ 1,04 trilhão. Medeiros indicou este avanço veio aliada à “gestão adequada de risco”.

    A presidente ainda que o Banco vai destinar R$ 240 bilhões à agropecuária no Plano Safra 2023/2024 — cifra recorde. O banco destaca ainda 44% da carteira do agro é sustentável.

    O Banco do Brasil se comprometeu a oferecer, até 2030, R$ 30 milhões em crédito para energias renováveis no país, além de R$ 200 bilhões em crédito para agricultura sustentável, em um total de R$ 500 bilhões em carteira de negócios sustentáveis.

    Segundo a presidente, o banco vem apoiando clientes para projetos geradores de crédito de carbono, especialmente na modalidade desmatamento evitável. Ela indica que 500 mil hectares foram protegidos no primeiro semestre.

    Com direito a “bom dia a todes”, a presidente do Banco também destacou avanços institucionais relativos à inclusão. Segundo ela, metade do Conselho de Administração é composto por mulheres. Além disso, há dois membros negros e duas pessoas LGBTQIAPN+ (em um total de oito).

    Afirmou ainda, em primeira mão, que o BB assumiu o compromisso de ser embaixador de três movimentos do Pacto Global, da ONU: Elas Lideram (2030), Raça é Prioridade e Salário Digno.

    Veja também: Entenda como a moeda digital brasileira vai funciona

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