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    Mercado teme que Bolsonaro repita atos de Dilma, diz ex-secretário de Guedes

    Intervenção do presidente na Petrobras deixou sistema financeiro atento aos próximos movimentos, afirma Paulo Uebel

    Da CNN, em São Paulo

    A decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de alterar o comando da Petrobras após uma divergência na política de preços da estatal provocou uma sensação de dèja vu no mercado financeiro, que viu semelhanças com os tempos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

    Quem afirma é Paulo Uebel, ex-secretário de Desburocratização do ministro da Economia, Paulo Guedes. Uebel disse à CNN nesta segunda-feira (22) que “claramente são governos distintos, mas nesse caso há sim uma similaridade”.

    “No governo Dilma, nós vimos várias vezes o governo atuando para ter uma ingerência nas estatais. Isso custou muito caro ao contribuinte. Existe um medo no mercado de que isso vá se repetir, pelas declarações do presidente e pela troca do presidente da Petrobras, que fazia um belíssimo trabalho”, avalia.

    O ex-secretário de Desburocratização do gov. Bolsonaro, Paulo Uebel (22.fev.2021
    O ex-secretário de Desburocratização do governo Bolsonaro, Paulo Uebel (22.fev.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    “Foi uma sinalização ruim que deixou todos atentos aos próximos movimentos, se vão ser para confirmar esse temor ou não, [confirmando] que a agenda liberal continua valendo”, explica, comentando também o silêncio do ministro Paulo Guedes sobre o tema.

    “Faz parte, você precisa compor e respeitar a autoridade do presidente. Mas ele deve estar focado em um bem maior, que são as reformas estruturais. Perdeu a batalha, mas deve estar mirando a aprovação das reformas, que são mudanças importantes, necessárias, estruturais, que vão resolver problemas históricos do Brasil”, espera. 

    Publicado por Guilherme Venaglia