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    Mercado repercute avanço da PEC dos Precatórios e dados de inflação no Brasil

    Bolsa sobe após aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados

    Priscila Yazbekdo CNN Brasil Business em São Paulo

    A abertura do mercado nesta quarta-feira (10) começa de olho em dados da inflação no Brasil e nos Estados Unidos e repercutindo a PEC dos Precatórios, aprovada na véspera na Câmara dos Deputados.

    No Brasil, o Ibovespa registrava queda de 0,25% por volta das 10h10, aos 105.291,57 pontos. Já o dólar caía 0,6%, cotado a R$ 5,457 na venda.

    Na terça-feira, a bolsa paulista subiu com a expectativa de aprovação da matéria que abre espaço no orçamento para o Auxílio Brasil, e o dólar fechou na menor cotação em três semanas, aos R$ 5,49.

    Foram 323 votos contra 172, margem maior do que o primeiro turno. Agora, o projeto segue para apreciação do Senado Federal, onde deve ter mais resistência. O apoio grande nas votações dos destaques da PEC dos Precatórios e a decisão de não paralisar o andamento da PEC, por Rosa Weber, ajudaram a impulsionar as ações.

    O mercado vê o avanço da PEC com bons olhos por dois motivos centrais: o primeiro é que o prejuízo causado pelo furo do teto com a PEC já “estava no preço”, então a aprovação só confirma um cenário já negativo para as contas publicas.

    Em segundo lugar, a PEC é o caminho conhecido, então traz certo alivio porque reduz incertezas e afasta o risco de soluções para bancar o Auxílio Brasil que piorassem ainda mais as contas. Como resume um analista, o avanço da PEC, de certa forma, vira essa pagina.

    Mundo

    No exterior, futuros americanos abrem em leve queda. O clima é de cautela depois dos dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, que registraram alta de 8,6% em 12 meses.

    Agora, investidores esperam os dados de inflação ao consumidor, que saem às 10h30 desta quarta-feira (10), para ver qual tese ganha mais força: a da inflação transitória ou a da inflação pressionada, que exige redução de estímulos e aumento de juros. Se a segunda interpretação ganhar, o mercado deve reagir de forma negativa

    A Ásia ajuda a tese da inflação pressionada ganhar força. Na terça-feira (9) saíram dados de Inflação ao Consumidor (CPI) na China, que subiram de 0,7% em setembro, para 1,5% em outubro. Os preços registraram a maior taxa desde julho de 1995 e a maior parte dos índices fecharam em queda.

    Na Europa, índices caem em sua maioria refletindo o cenário externo, mas Reino Unido sobe com impulso de balanços positivos, como o da Marks & Spencer, que subiu 15% depois dos fortes resultados do terceiro trimestre.

    Agenda do dia

    O IBGE acabou de divulgar o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, que subiu 1,25% acima da projeção do mercado, que previa alta de 1,05%. É a maior taxa para o mês desde 2002. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,67%. Combustíveis, passagens aéreas e alimentos foram destaques mais uma vez.

    Entre os balanços, os destaques são para JBS, BRF e Via Varejo. Lá fora, os destaques são para os dados de inflação ao consumidor.