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    Mercado repercute ata do Copom, serviços mais fracos no Brasil e mantém Fed no radar

    Bolsas indicam recuperação das perdas sofridas segunda; ata da reunião do Copom também é destaque

    Priscila Yazbekda CNN Em São Paulo

    Os mercados operam nesta terça-feira (14) ainda de olho na decisão de política monetária nos Estados Unidos, e com a ata do Copom e os resultados fracos do setor brasileiro de serviços no radar.

    Começando pelo exterior, as bolsas se recuperaram das quedas da segunda-feira (13). No entanto, investidores mantêm a cautela à espera da decisão de juros do Banco Central americano (Fed), e com o avanço dos casos da variante Ômicron.

    Os índices ficam mais voláteis, com a expectativa de um tom mais duro da reunião do Fed, que ocorre nesta terça e quarta-feira. Um tom mais duro significa retirada de estímulos e sinalização de alta de juros, dois movimentos que podem provocar baixas nas bolsas.

    Na Europa, os índices operam entre altas e baixas. O Reino Unido registrou, em outubro, a maior criação de vagas de trabalho desde 2014, o que traz algum ânimo, mas, ao mesmo tempo, o primeiro-ministro Boris Johnson confirmou a primeira morte pela variante Ômicron.

    Na Ásia, os índices caíram com a confirmação do primeiro caso da Ômicron na China e com o temo sobre a crise no setor imobiliário, depois que uma nova incorporadora, a Shimao Holdings, mostrou dificuldades de caixa.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, o Banco Central divulgou na manhã de hoje a ata da última reunião do Copom. Entre os destaques, o comitê de política monetária do BC diz que existem riscos para inflação em ambas as direções.

    Como risco de alta, a instituição cita a piora da trajetória fiscal, das contas públicas. Como risco de baixa, fala de arrefecimento das commodities.

    O BC reforça que deve fazer outra alta de um ponto e meio na taxa Selic na reunião de fevereiro e diz ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance “significativamente em território contracionista”, para trazer a inflação para a meta ao longo de 2022 e 2023.

    Gabriel Barros, da RPS, avalia que a ata mantém o tom mais duro do comunicado da semana passada, sinalizando que o BC segue mais inclinado a fazer altas mais fortes da Selic. Nicolas Borsoi, da Nova Futura, concorda que a ata veio mais dura, tirando toda a parte positiva que tinha da avaliação fiscal.

    Também foi divulgado nesta manhã o resultado dos serviços para o mês de outubro. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) houve queda de 1,2%. O resultado ficou bem abaixo da expectativa do mercado, que esperava alta de 0,1%.

    O dólar fechou ontem perto do R$ 5,70, com a tradicional saída de recursos do Brasil em dezembro, por causa do pagamento de dividendos e remessas de fim de ano, que pressionam a moeda. O Banco Central injetou US$ 905 milhões no mercado à vista em novo leilão não programado.

    Na política, o governo publicou uma Medida Provisória de socorro ao setor elétrico de 15 bilhões de reais, buscando evitar um ‘tarifaço’ nas contas de luz em 2022. A Câmara deve votar ainda hoje as alterações feitas por senadores na PEC dos Precatórios. Ontem, a Câmara aprovou ontem o texto-base do marco das ferrovias e hoje os parlamentares devem votar os destaques.

    O Ibovespa Futuro opera com alta de 0,44%, a 109.788 pontos, com o dólar praticamente estável em R$ 5,67. O S&P Futuro cai 0,12%, a 4.663 pontos.

    Agenda do Dia

    Além de divulgação do resultado dos serviços e da ata do Copom, o mercado fica de olho na votação da PEC dos Precatórios. Nos Estados Unidos, será divulgada a Inflação ao Produtor, o IPP.