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    Mercado irá esperar equipe e posicionamentos de Haddad, dizem economistas

    Tony Volpon e Christopher Garman avaliaram o anúncio de Fernando Haddad como futuro ministro da Fazenda

    Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)
    Futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) YURI MURAKAMI/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

    Layane SerranoRenata Souzada CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN, nesta sexta-feira (9), o ex-diretor do Banco Central (BC), Tony Volpon, e o diretor executivo para Américas da Eurasia, Christopher Garman, avaliaram que o mercado irá aguardar o perfil da equipe econômica e os posicionamentos do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para esclarecer dúvidas sobre condução econômica do país.

    “O mais importante é que ele comece a definir as diretrizes vai seguir como ministro. A primeira coisa que vamos ver agora é a equipe, quem estará na equipe dele e também os primeiros posicionamentos sobre as dúvidas que o mercado tem, por exemplo, a de como será a nova âncora fiscal”, disse Volpon.

    “O mercado vai esperar para ver o perfil da equipe e quais são as composições da receita para tentar começar a fazer o cálculo de qual será a dinâmica da dívida pública. A nova equipe econômica terá de conquistar a credibilidade ao longo do tempo”, avalia Garman.

    O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a divulgar os primeiros nomes que vão compor sua equipe ministerial no governo federal a partir de janeiro de 2023.

    primeiro anuncio ocorreu nesta sexta-feira, com cinco nomes: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).

    Sobre a PEC do Estouro, Volpon entende que a proposta atual está mais próxima daquilo que o mercado avalia como “razoável”. Além disso, ele também afirmou que Haddad precisará recompor expectativas que foram impactadas por falas do presidente eleito sobre a âncora fiscal.

    “A proposta [da PEC] hoje está mais dentro daquilo que o mercado acha mais razoável, em comparação com o texto original. Mas acho que o Haddad tem a necessidade de fazer uma recomposição de expectativas junto ao mercado, que foi um espaço perdido desnecessariamente”, disse.

    Para Garman, o futuro ministro irá buscar uma reconciliação entre os gastos públicos e a responsabilidade fiscal.

    “Agora, com o Haddad indicado, deve haver um esforço para tentar ancorar expectativas, de tentar sinalizar o desejo de reconciliar mais gastos de um lado com responsabilidade fiscal do outro”.

    Veja a entrevista completa no vídeo acima.

    *Publicado por Pedro Zanatta, do CNN Brasil Business.