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    Ibovespa fecha em queda de 0,82% com pressão dos EUA; dólar volta a R$ 5

    Temor de aumento dos juros na maior economia do mundo pressiona títulos públicos; Weg lidera perdas após apresentar dados do 3º trimestre

    Mercado está de olho no comportamento dos rendimentos dos títulos norte-americanos e nos riscos geopolíticos
    Mercado está de olho no comportamento dos rendimentos dos títulos norte-americanos e nos riscos geopolíticos Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

    Da CNN*

    São Paulo

    O Ibovespa encerrou no vermelho e o dólar voltou a superar a barreira psicológica de R$ 5 nesta quarta-feira (25), em linha com a queda das bolsas em Wall Street e nova pressão das treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA.

    Na pauta doméstica, os olhos dos investidores estão na nova temporada de balanços corporativos, enquanto no cenário político, o relator da reforma tributária no Senado Federal, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou seu parecer para a matéria hoje.

    O principal índice da bolsa brasileira encerrou o dia com perda de 0,82%, aos 112.829 pontos, após subir 0,87% na véspera.

    O clima de pressão nas praças globais deu nova força ao dólar, que fechou com valorização de 0,16%, a R$ 5,001, interrompendo a sequência de três sessões de queda.

    Pressão dos EUA

    A sessão foi novamente marcada pela pressão dos títulos do Tesouro dos EUA, que voltaram a ser cotados próximo de 5% no prazo de 10 anos com temor da inflação na maior economia do mundo.

    Desta vez, o gatilho foi deflagrado pela divulgação de dados positivos do setor imobiliário, reforçando a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o BC norte-americano) precisará manter as taxas de juros em patamares mais elevados por mais tempo.

    O banco central norte-americano se reúne na semana que vem, nos dias 31 de outubro e 1° de novembro. Embora a ampla expectativa seja de manutenção dos juros básicos nos EUA, qualquer posicionamento mais rígido do Fed sobre o futuro da política monetária pode elevar a demanda pelo dólar.

    A taxa dos títulos nos EUA é referência global e impactou também no aumento da curva dos juros no Brasil por toda a curva, explica Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

    “Nós percebemos uma certa correlação da nossa curva de juros com a curva de juros americana, quando lá abre aqui abre também, e vice-versa, então nossa curva de juros está seguindo o movimento das treasuries”.

    Weg decepciona e puxa perdas

    A Weg puxou as perdas do Ibovespa, com queda de 10,1%, refletindo a aversão dos investidores aos dados do balanço do terceiro trimestre divulgados nesta manhã.

    “Com quedas nas margens e uma sinalização de desaceleração da receita, a Weg hoje negocia a múltiplos muito mais altos que seus pares na bolsa, portanto um resultado aquém do esperado pelo mercado acaba refletindo de forma negativa em uma intensidade maior nas ações da empresa”, explica Fernandes.

    As ações com maior peso no mercado tiveram comportamentos mistos, com a Vale (VALE3) fechando praticamente estável, com queda de 0,09%, enquanto Petrobras (PETR4) subiu 0,53%.

    Veja também: Governo demite presidente da Caixa Econômica Federal e nomeia substituto

    *Publicado por Gabriel Bosa, com informações da Reuters