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    Mercado está mais cético com a economia do que há dois meses, diz diretor da Quaest

    Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta terça-feira (19) mostrou que a avaliação positiva de investidores sobre o ministro da Fazenda caiu de 65% para 46% entre julho e setembro

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula, no Palácio do Planalto
    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula, no Palácio do Planalto 12/01/2023 REUTERS/Adriano Machado

    Letícia BritoJuliana Eliasda CNN*

    em São Paulo

    Para o diretor de Inteligência da Quaest, o cientista político Guilherme Russo, o principal recado da pesquisa divulgada pelo instituto nesta terça-feira (19) está na piora da avaliação do mercado financeiro em relação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, bem como de seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da condução da economia como um todo.

    “Esta é a quarta rodada da pesquisa e ela mostra uma tendência muito importante, com mudanças ao longo do tempo muito claras”, disse Russo em entrevista à CNN.

    “No começo do ano o mercado estava muito cético com o governo Lula, e fomos vendo que, ao longo do tempo, isso melhorou muito. Mas a realidade que essa última pesquisa publicada hoje mostra é que, quanto o mercado está olhando para a economia hoje, eles voltaram a ter um nível de ceticismo maior do que dois meses atrás.”

    A pesquisa Genial/Quaest é feita junto a investidores, analistas e gestores do mercado para mensurar a avaliação deste grupo em relação ao governo e sua condução das políticas econômicas.

    A proporção do mercado financeiro que avalia positivamente o governo Lula caiu 8 pontos porcentuais entre a edição de julho e a de setembro, de 20% para 12%.

    Essa piora se manifestou mais fortemente na leitura sobre o trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad: após ter avançado quase 40 pontos porcentuais entre maio e julho, a avaliação positiva sobre o ministro caiu quase 20 pontos nesta leitura, de 65% para 46%.

    A avaliação negativa sobre Haddad cresceu 12 pontos no período, de 11% para 23%, e a regular avançou 7 pontos, de 24% para 31%.

    “A grande mensagem é que os especialistas do mercado financeiro estão olhando o governo e dizendo que ele está sendo muito otimista”, disse Russo.

    “O mercado financeiro está muito preocupado com o equilíbrio fiscal. O governo está com um cenário econômico mais positivo, mas acabou de mandar um orçamento em que diz que quer gastar muito dinheiro. E o mercado fala – ‘ok, entendido, mas como você vai pagar essa conta?'”

    *Com informações do Estadão Conteúdo