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    Membro do BCE diz que é preciso cautela nos próximos meses para ajustar política monetária

    Ignazio Visco classifica o cenário da zona do euro como insatisfatória e recomenda monitoramento da dinâmica de preços

    Dirigente ainda comentou que, recentemente, houve uma "alta acentuada" nos juros dos bônus de médio e longo prazos
    Dirigente ainda comentou que, recentemente, houve uma "alta acentuada" nos juros dos bônus de médio e longo prazos 16/03/2023 REUTERS/Heiko Becker

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Ignazio Visco avaliou nesta terça-feira (31), que a decisão da instituição de manter os juros nos níveis atuais por período suficientemente longo para conter a inflação foi “sábia”.

    Em seu último dia no comando do posto de dirigente e do BC da Itália, ele disse que será necessário ter “cautela” nos próximos meses, para encontrar o equilíbrio certo entre fazer pouco ou demais, enquanto se reduzem as possíveis repercussões sobre uma atividade econômica já fraca e os riscos à estabilidade financeira.

    Visco argumentou que é necessário ter cautela, de qualquer modo, “após uma alta tão marcada e rápida nos juros oficiais”. E qualificou a situação econômica na zona do euro como “claramente insatisfatória”.

    A dinâmica de preços, por sua vez, está “em claro declínio”. Há sinais positivos, mesmo se a inflação ainda está em nível elevado, e a evolução de todos os fatores precisa ser monitorada com cuidado, recomendou.

    O dirigente ainda comentou que, recentemente, houve uma “alta acentuada” nos juros dos bônus de médio e longo prazos, o que em grande medida reflete um avanço nos prêmios nos bônus, sobretudo nos Estados Unidos.

    “As causas deste aumento ainda são incertas, mas, se duradouras, este efeito de natureza externa ajudará a conter mais a demanda agregada”, destacou.

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