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    Mansueto propõe diálogo entre governo e Congresso sobre pacote de socorro

    “Isso não pode ser um cabo de guerra", disse o secretário do Tesouro Nacional. Governo e Congresso discordam em diversos pontos do pacote de ajuda aos estados

     
      Foto: Adriano Machado/Reuters

    Raquel Landimda CNN

    O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, defendeu, em entrevista ao CNN Business, “diálogo” entre a equipe econômica e o Congresso sobre o pacote de ajuda aos Estados e municípios.

    “Isso não pode ser um cabo de guerra. Vamos resolver essa situação com muito diálogo político”, disse Mansueto em conversa por telefone. Pouco antes, ele havia feito discurso parecido numa “live” promovida pela corretora Necton.

    A equipe econômica e o Congresso estão num embate. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê que a União deve ressarcir Estados e municípios pela perda de arrecadação provocada pela pandemia do novo coronavírus durante seis meses.

    Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs suspensão de pagamento de dívidas mais um repasse de R$ 40 bilhões. Desse total, R$ 17,5 bilhões seriam carimbados para a saúde e para garantir a merenda mesmo com escolas fechadas.

    Mansueto está propondo um caminho do meio. Ele afirmou que a suspensão durante seis meses é complicada, mas disse que seria possível prever algo por três meses – em linha com outras medidas do governo – e renegociar depois.

    O secretário também defende um limite para o ressarcimento da arrecadação em valor a ser negociado entre Executivo e Legislativo. Mansueto, no entanto, enfatiza que “alguma compensação teremos que dar aos Estados e municípios para que paguem os serviços essenciais”.

    Com a queda de receita que deve ocorrer por causa do isolamento social exigido para o combate a pandemia, Estados e municípios temem ficar sem dinheiro para pagar os salários dos servidores ou despesas com segurança pública, entre outros gastos.

    O posicionamento do secretário do Tesouro destoa do que vem sendo adotado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Quando a Câmara aprovou o projeto de lei sobre o assunto, o ministro enviou nota dizendo que era uma “irresponsabilidade”. O pacote vai ser avaliado agora pelo Senado.