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    Maioria quer reforma tributária que reduza desigualdades, diz pesquisa

    Para 56% dos entrevistados pelo Instituto IDEA, esse deve ser objetivo da reforma; levantamento também aponta que 36% não têm conhecimento do assunto, mesmo ele sendo tema constante do noticiário

    Pesquisa, realizada entre os dias 15 e 16 de maio, ouviu 1581 pessoas, eleitores acima de 16 anos, distribuídos pelas cinco regiões do país
    Pesquisa, realizada entre os dias 15 e 16 de maio, ouviu 1581 pessoas, eleitores acima de 16 anos, distribuídos pelas cinco regiões do país Getty Images

    Pedro Zanattada CNN

    em São Paulo

    Uma pesquisa do Instituto IDEIA divulgada neste sábado (17) aponta que, para 56% dos entrevistados, a reforma tributária deve implementar estratégias que reduzam as desigualdades socioeconômicas do Brasil. Apenas 6% discordam da afirmação, enquanto os demais são indiferentes ou não sabem opinar.

    O estudo mostra ainda que, para a maioria dos respondentes (52%), a tributação no Brasil deveria recair menos sobre o consumo de bens de primeira necessidade, e mais sobre a propriedade ou bens que evidenciem riqueza como carros de luxo, iates, helicópteros, mansões, dentre outros ou grandes fortunas – 7% discordam dessa orientação.

    Ainda que a reforma seja recorrente na imprensa e nas discussões políticas e econômicas no Brasil, 36% dos entrevistados não tomaram conhecimento, mas gostariam de saber mais a respeito. Outros 32% sabem o que vem sendo discutido, justamente por se interessarem pela questão.

    Os demais 32% dizem não se interessar pelo tema, apesar de 14% desses terem tomado conhecimento da pauta.

    76% dos entrevistados dizem saber que há tributos que incidem sobre produtos e serviços, mas 36% buscam informações acerca dos percentuais aplicados. Ainda, 65% afirmam desconhecer a alíquota média dos tributos pagos no Brasil.

    A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 16 de maio, ouviu 1581 pessoas, eleitores acima de 16 anos, distribuídos pelas cinco regiões do país.

    O instituto perguntou aos participantes sobre uma reforma que não diminua a carga tributária no país.

    Nesse sentido, 44% dos entrevistados afirmam não concordar, por acreditarem que os tributos já são muito altos e que dificilmente teriam o retorno esperado. Outros 26% concordaram com uma nova política tributária que não necessariamente revisse as alíquotas hoje aplicadas, desde que houvesse uma melhoria de condições do serviço público.

    Questionados sobre a relação entre a carga tributária e aspectos de gênero, para 48% deles, a reforma deveria diminuir a carga de tributos sobre produtos consumidos por mulheres e produtos hormonais destinados a pessoas trans.

    Além disso, 56% acreditam que ela deveria contemplar uma redução do peso de tributos sobre tarefas de cuidado, como gestão da casa, cuidado dos filhos, cuidado com higiene doméstica e pessoal dos membros da família.

    Já no campo da pauta racial, o instituto diz que, apesar de 37% das pessoas ouvidas nunca terem pensado sobre a possibilidade do sistema tributário brasileiro ser racista, 33% concordam com a afirmação: “No Brasil as pessoas negras, em sua maioria pobres, são, proporcionalmente à sua renda, mais tributadas do que pessoas brancas e ricas.”