Digitalização e juros baixos: o Brasil pós-pandemia para os bancos privados
Para os presidentes dos bancos Santander Brasil, Itaú e Bradesco, o Brasil tem como se tornar um país mais eficiente após o fim da pandemia
Digitalização, juros baixos e uma maior competição. Esse é o cenário em que os presidentes dos maiores bancos privados do Brasil acreditam no país após a pandemia. A transformação digital das companhias, por exemplo, deve trazer um ganho enorme de eficência para os próximos anos.
De acordo com o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, é impossível imaginar um lado positivo diante de tantos mortes na pandemia. Porém, a digitalização dos clientes veio para ficar.
“O fato de as pessoas terem sido obrigadas a se digitalizar vai, certamente, fazer com que a gente nha o melhor crescimento e uma recuperação melhor da nossa economi”, disse Lazari Junior, durante debate promovido pelo banco Santander Brasil.
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Entre os exemplos estão o crescimento do comércio eletrônico e a busca por bancos, seja para pagar contas ou para receber salários (ou até mesmo o auxílio emergencial).
Outro ponto que deve permanecer mesmo após a pandemia é um cenário de juros baixos. Pela primeira vez na história, a taxa básica de juros no Brasil está em 2% ao ano. Para Candido Bracher, presidente do banco Itau, a baixa taxa de juros deve colaborar para a diminuição dos casos de inadimplência e estimular a demanda (o que impacta diretamente em uma recuperação).
“Além disso, essa rentabilidade tão baixa das aplicações (da renda fixa) aumenta a propensão das pessoas a tomarem mais risco”, diz Bracher. Ele também prevê que a demanda por financiamento imobiliário deve crescer muito.
“O espaço para crescimento é muito grande. Esse cenário de taxas de juros baixas, vai criar uma demanda das carteiras e dos serviços”, diz o executivo.
Para Sergio Rial, presidente do Santander Brasil, o atual momento também deu força às fintechs, que estão ganhando cada vez mais espaço no mercado. Porém, para ele, é necessário um marco regulatório para o setor.
“É necessário um marco que propicie uma competição saudável para todos. Porque o ruim é a criação de bolsões regulatórios com regras diferentes”.
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