Xi Jinping quer que Starbucks ajude a consertar as relações entre EUA e China
O líder disse que a China está trabalhando para se abrir ainda mais para “empresas de todo o mundo, incluindo o Starbucks e outras empresas americanas"
O líder da China pediu ao ex-presidente do Starbucks, Howard Schultz, para ajudar a promover as relações entre EUA e China, de acordo com a mídia estatal chinesa.
A agência de notícias estatal Xinhua relatou na quinta-feira (14) que o presidente chinês, Xi Jinping, havia escrito a Schultz, encorajando o bilionário norte-americano e a gigante global do café que dirigiu por anos a estreitar os laços econômicos e comerciais entre dois países.
A carta de Xi foi em resposta a uma mensagem anterior do empresário.
De acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, Schultz enviou recentemente ao presidente chinês uma cópia traduzida de seu último livro, “From the Ground Up: A Journey to Reimagine the Promise of America” (“Do solo para cima: Uma Viagem para Reimaginar a Promessa da América”, sem edição no Brasil). A correspondência incluía uma carta para Xi, que apontava para o compromisso de longa data da Starbucks com a China e seus funcionários no país, segundo a fonte.
De acordo com a Xinhua, Xi sugeriu que Schultz e a Starbucks “continuem a desempenhar um papel positivo na promoção” das relações entre os dois países. Xi também enfatizou que a China está trabalhando para se abrir ainda mais para “empresas de todo o mundo, incluindo o Starbucks e outras empresas norte-americanas’, informou a agência.
Schultz deixou o cargo de presidente do conselho da Starbucks em 2018, após assumir o título honorário de presidente emérito. Na época, ele disse que estava explorando uma candidatura à presidência como candidato independente em 2020, mas esse plano acabou cancelado.
Schultz é franco em questões políticas. Durante suas quatro décadas na Starbucks, ele posicionou a empresa como uma força progressista na América corporativa.
Schultz também abordou os laços EUA-China. Em 2018, ele lamentou os efeitos da guerra comercial, dizendo que as tarifas dos EUA sobre produtos chineses não ajudariam nos empregos norte-americanos. A China é o principal mercado em crescimento da Starbucks no exterior.
“Todas as vezes que tivemos um conflito comercial e guerras comerciais, tivemos uma desaceleração da economia dos Estados Unidos”, desabafou na época. “É nisso que eu realmente acredito. O país [EUA] não deve construir muros de qualquer tipo. Devíamos estar construindo pontes”.
(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)