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    Waack: Quem pode ajudar a baixar os juros é o governo

    Expectativas de inflação estão condicionadas pela percepção dos agentes econômicos da maneira como o governo encara seus próprios compromissos fiscais, com o que tudo se fecha naquilo de sempre, a questão fiscal

    William Waack

    Pela quarta vez seguida, os juros básicos da economia brasileira foram reduzidos nesta quarta-feira (13). A decisão era amplamente antecipada pelos agentes de mercado.

    Está no ar a promessa, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de mais reduções na mesma magnitude nas próximas reuniões. A redução de hoje foi de 0,5 ponto percentual (p.p).

    Lá fora, os juros americanos ficaram no mesmo patamar — que é o maior dos últimos 22 anos.

    Significa, então, um bom refresco para os juros brasileiros, que continuam entre os mais altos do mundo em termos reais? Depende.

    Depende, sobretudo, da maneira como o atual governo trata as contas públicas. O Copom reiterou o que é óbvio para um enorme número de economistas: as expectativas de inflação precisam ser controladas.

    E as expectativas de inflação estão condicionadas pela percepção dos agentes econômicos da maneira como o governo encara seus próprios compromissos fiscais.

    Com o que tudo se fecha naquilo de sempre, na questão fiscal. E quem mais pode ajudar ao juro baixar não é o Banco Central, é o próprio governo.

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