Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Volatilidade global não traz risco de crédito ao Brasil, diz Moody’s

    Vice-presidenta da empresa também citou compromisso do BC com a meta fiscal e perspectiva para a troca de cargo da instituição brasileira

    André Marinho, Eduardo Laguna e Altamiro Silva Junior, do Estadão Conteúdo

    O alto nível de reservas de moedas estrangeiras e o superávit em conta-corrente mitigam a vulnerabilidade do Brasil à instabilidade dos mercados globais nos últimos dias, afirmou a vice-presidente da Moody’s para risco soberano, Samar Maziad, em coletiva de imprensa em São Paulo.

    Samar explicou que os principais canais de transmissão dos eventos recentes para o perfil do país seriam pelo câmbio ou uma possível fuga de capitais, mas ponderou que esses riscos parecem contidos no momento. “Haverá um impacto pela volatilidade, mas na perspectiva do crédito, isso não impõe riscos”, disse.

    Ele acrescentou que o quadro fiscal de outros países enfrentou deterioração mais acentuada que o do Brasil, mas em uma trajetória que parte de nível de dívida mais baixa. Segundo ela, parte dos progressos no fiscal brasileiro foi revertida recentemente.

    “Isso é algo que difere o Brasil de outros países, onde a dívida não caiu e depois voltou a subir”, ressaltou Samar.

    Além disso, a vice-presidente da Moody’s afirmou que o Banco Central (BC) do Brasil tem mostrado um histórico de compromisso em cumprir a meta de inflação e a expectativa é que isso não mude com a troca de comando da instituição.

    “Compartilho da visão de que o Banco Central construiu um histórico de compromisso com o controle da inflação, e veremos isso continuar com um novo governador”, disse Samar, em conversa com jornalistas nesta quarta-feira.

    “Então essa é a nosso cenário-base. Não acho que veremos uma mudança na política ou no foco em atingir a meta de inflação”, acrescentou.

    Perguntada se a troca de presidentes do BC pode ter algum impacto na análise do rating brasileiro, Samar disse que não diretamente.

    O mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, vai acabar no final do ano e trocas de comandos de bancos centrais ocorrem em todos os lugares, disse a analista da Moodys.

    Tópicos