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    Vendas no comércio caem 1,4% em junho, segundo mês seguido de queda, diz IBGE

    "O resultado de junho traz a maior variação negativa para o comércio desde dezembro do ano passado, quando a queda foi de 2,9%", diz o instituto

    Do CNN Brasil Business

    As vendas no comércio varejista no país registrara queda de 1,4% em junho, na comparação com maio. Trata-se da segunda variação negativa consecutiva do setor, que acumula retração de 0,8% em dois meses, na comparação com o bimestre anterior, disse o IBGE nesta quarta-feira (10).

    Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). “O resultado de junho traz a maior variação negativa para o comércio desde dezembro do ano passado, quando a queda foi de 2,9%”, diz o instituto.

    O setor tem uma alta acumulada de 1,4% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a perda é de 0,9% segundo mês seguido de queda por essa ótica, o que não acontecia desde agosto de 2017, pontua o estudo.

    Sete das oito atividades analisadas pela pesquisa tiveram queda. As maiores influências vieram de tecidos, vestuário e calçados, com queda de 5,4%, e hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 0,5% no período.

    O instituto ressalta que hiper e supermercados tiveram influência importante da inflação ao longo do primeiro semestre do ano.

    “Entre abril e maio, houve variação de 4% na receita e de 1% no volume de vendas, indicador em que a pesquisa já desconta a inflação. De maio para junho, essa atividade teve queda de 0,5% no volume, mas variou 0,3% em receita. Isso significa que há amplitude menor da inflação, mas o suficiente para que o volume tivesse uma variação negativa, apesar de a receita ficar no campo positivo”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

    Com alta de 1,3% em junho, a única atividade a apresentar crescimento foi a de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria.

    “Esse é um tipo de produto que, na maioria das vezes, você não consegue substituir. Isso aumenta o dispêndio de uma família que pode ter que gastar nessa atividade e diminuir o consumo em outras”, diz Santos.

    O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, recuou 2,3% no período. Tanto o setor de veículos e motos, partes e peças (-4,1%) quanto o de material de construção (-1,0%) registraram queda.

     

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