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    Vendas no comércio brasileiro crescem 1,1% em setembro, diz IBGE

    Alta é a primeira em cinco meses; expectativa do mercado era de alta mensal de 0,2% e de 1,4% na comparação anual, conforme pesquisa da Reuters

    Do CNN Brasil Business

    As vendas no comércio varejista brasileiro registraram crescimento de 1,1% em setembro, em relação ao mês anterior, informou o IBGE nesta quarta-feira (9). Trata-se do primeiro crescimento em cinco meses.

    Na comparação com setembro de 2021, o setor registra avanço de 3,2%. No ano, o setor acumulou aumento de 0,8%, e, nos últimos 12 meses, queda de 0,7%. Na comparação anual, o setor apresenta a segunda alta seguida.

    A expectativa do mercado era de alta mensal de 0,2% e de 1,4% na comparação anual, conforme pesquisa da Reuters.

    “Desde maio, o comércio não apresentava crescimento, ficando na estabilidade ou no campo negativo. Esse mês também registrou o ponto mais alto desde a passagem de fevereiro para março, quando foi de 1,4%. Esse ano, a série está exibindo uma volatilidade menor do que nos anos anteriores e estamos começando a ver um comportamento mais parecido ao que era antes da pandemia, sem muita amplitude na margem”, diz Cristiano Santos, gerente da pesquisa, em nota de divulgação.

    O resultado de setembro fica 3,6% abaixo do nível recorde de outubro de 2020 e 2,8% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020), diz o IBGE.

    “Em termos setoriais, poucas atividades estão acima do patamar pré-pandemia. Contando com o varejo ampliado, das dez atividades, apenas quatro estão acima do patamar pré-pandemia: Artigos farmacêuticos (20,8%), Combustíveis de lubrificantes (18,7%), Hiper e supermercados (3,8%) e Material de construção (2,0%)”, complementa Santos.

    Seis das oito atividades pesquisadas apresentaram variação positiva na passagem do mês: Livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%), Tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,6%).

    Na comparação mensal, duas atividades puxaram o aumento de setembro, ressalta o especialista. “Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que tem o maior peso e faz o papel de ancoragem no resultado, e, em segundo lugar, Combustíveis e lubrificantes. Elas também tiveram influência no varejo ampliado, uma vez que suas duas atividades complementares ficaram na estabilidade”.

    Entre as quedas, ficaram duas atividades: Móveis e Eletrodomésticos (-0,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%).

    Varejo ampliado

    No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em setembro cresceu 1,5% frente a agosto e 1% contra setembro de 2021.

    Esse segmento se encontra 1,5% abaixo do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020.

    *Publicado por Ligia Tuon

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