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    Uso de depósito compulsório do BC não foi cogitado no Desenrola, diz presidente da Febraban à CNN

    Campanha defendia a liberação de recursos do compulsório para que bancos tivessem recursos para refinanciar débitos bancários, como cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal

    Fernando Nakagawada CNN

    O uso do depósito compulsório no programa de refinanciamento de dívidas do governo federal, o Desenrola, não foi cogitado. A afirmação é do presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, à CNN.

    “A gente pode colocar o Banco Central na mesa, mas ainda não está”. “Não está na mesa qualquer proposta de uso dos compulsórios”, disse o presidente da Febraban à CNN ao ser questionado sobre a possibilidade de o BC ser parte da criação do programa de refinanciamento de pequenas dívidas.

    O compulsório é uma regra que recolhe obrigatoriamente, para o BC, uma parte dos depósitos de clientes feitos nos bancos.

    Um dos objetivos desse instrumento é controlar o volume de dinheiro em circulação na economia, já que, com a regra, bancos têm menos recursos para emprestar.

    O presidente da Febraban lembra que o compulsório é um instrumento de política monetária.

    “Não estamos no momento crítico da pandemia em que havia preocupação de que a liquidez (do sistema bancário) poderia ser afetada. Agora, não tem nada disso. O problema não é de liquidez, não é de capital. O problema é de estoque relevante de dívidas de pessoas negativadas e que precisam de crédito para se refinanciar.”

    Campanha eleitoral

    O então candidato Luiz Inácio Lula da Silva defendia, na campanha eleitoral, que o programa de refinanciamento dos negativados teria ajuda do BC.

    “No caso das dívidas com bancos, o governo vai incentivar empresas públicas e privadas a renegociar as dívidas com os clientes, disponibilizando um instrumento do Banco Central chamado ‘depósitos compulsórios’”, dizia o material de campanha.

    A campanha defendia a liberação de recursos do compulsório para que bancos tivessem recursos para refinanciar débitos bancários, como cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal.

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