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    Upgrade do Brasil pela Moody’s é merecido e é absurdo taxá-la de irresponsável, diz economista

    Em entrevista ao WW desta quinta-feira (3), Luiz Carlos Mendonça de Barros criticou "exagero de racionalidade" dos agentes econômicos

    João Nakamurada CNN , em São Paulo

    A elevação da nota de crédito soberano do Brasil pela Moody’s foi merecida, na avaliação do economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, que é ex-presidente do BNDES e ex-diretor do Banco Central (BC).

    Em entrevista ao WW desta quinta-feira (3), Barros defendeu a avaliação da agência de classificação de risco de que o cenário fiscal do país está evoluindo bem.

    A avaliação da casa foi amplamente criticada pelo mercado, que avalia como excessivos os gastos do governo federal. Mais cedo nesta quinta, o Tesouro reportou que as contas do governo central, que engloba o próprio Tesouro Nacional, o BC e a Previdência Social, registraram um rombo de R$ 22,4 bilhões em agosto.

    O ex-presidente do BNDES critica o que chama de “radicalização” contra a Moody’s e aponta para exageros por parte da Faria Lima.

    “Você não pode chamar de irresponsabilidade [por parte da Moody’s] como alguns deles estão cobrando, é um absurdo”, comenta Barros ao WW.

    Segundo o economista, a atual percepção do mercado tem origem em um “exagero de racionalidade” dos agentes econômicos.

    “Hoje temos essa fixação no equilíbrio fiscal, e é uma fixação que precisa ser qualificada. Claro que é uma questão ultra relevante, mas não é o único indicador de como anda a economia”, argumenta.

    Para Luiz Carlos Mendonça de Barros, não se pode avaliar a política fiscal sem olhar para todo o contexto ideológico e político de um governo. Sua percepção é que o déficit previsto tanto para 2024 quanto para 2025 é “muito razoável”.

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